domingo, 30 de outubro de 2011

Quando Me Amei de Verdade - por Kim McMillen

Quando me amei de verdade, deixei de me contentar com pouca coisa.


Quando me amei de verdade, tomei contato com a minha própria bondade.


Quando me amei de verdade, comecei a valorizar o dom da vida com a maior gratidão.


Quando me amei de verdade, pude compreender que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa. Então, pude relaxar.


Quando me amei de verdade, consegui moderar meu ritmo e minha pressa.
E isso fez uma enorme diferença na minha vida.


Quando me amei de verdade, aprendi a gostar de estar sozinha, rodeada pelo silêncio, usufruindo sua magia, prestando atenção ao meu espaço interior.


Quando me amei de verdade, percebi que posso não ser uma pessoa especial, mas que sou única.


Quando me amei de verdade, reformulei meu conceito de sucesso e a vida ficou mais simples.
Ah, quanto prazer isso me trouxe!


Quando me amei de verdade, entendi que sou digna de conhecer Deus diretamente.


Quando me amei de verdade, comecei a ver que eu não tinha de sair em busca da vida.
Se eu ficar quieta e parada, a vida vem até mim.


Quando me amei de verdade, deixei de achar que a vida é dura, e pude perceber que o sofrimento emocional é um sinal de que estou indo contra a minha verdade.


Quando me amei de verdade, aprendi a satisfazer meus desejos, sem achar que era egoísmo.


Quando me amei de verdade, partes minhas que eu ignorava desistiram de disputar minha atenção.
Foi o início da paz interior. Comecei então a ver tudo mais claro.


Quando me amei de verdade, comecei a perceber que os desejos do coração acabam se realizando e passei a ter mais calma e paciência, exceto quando esqueço disso.


Quando me amei de verdade, desisti de ignorar ou de suportar meu sofrimento.
Comecei a perceber todos os meus sentimentos, sem analisá-los. Sentindo-os de verdade.
Quando faço isso, acontece uma coisa incrível. Experimente. Você vai ver.


Quando me amei de verdade, meu coração se encheu de tanta ternura que pôde acolher tanto
a alegria quanto a tristeza.


Quando me amei de verdade, comecei a meditar diariamente, e descobri que este é um ato de
profundo amor por mim mesma.


Quando me amei de verdade, sempre que fico ansiosa, zangada, inquieta ou triste, pergunto a mim mesma: “Quem, dentro de mim, está se sentindo assim?”
Se eu escutar com paciência, descubro quem é que precisa do meu amor.


Quando me amei de verdade, deixei de precisar das coisas e das pessoas para me sentir segura.


Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.


Quando me amei de verdade, comecei a entender a complexidade, o mistério e a vastidão da minha alma.
Que tolice pensar que posso conhecer o sentido da vida de alguém!


Quando me amei de verdade, desisti de projetar nos outros as minhas forças e fraquezas, e guardei-as comigo.


Quando me amei de verdade, comecei a perceber uma presença divina dentro de mim e a ouvir sua orientação. Estou aprendendo a confiar e a viver de acordo com ela.


Quando me amei de verdade, desisti de ficar exausta por me empenhar tanto. Comecei a sentir uma comunidade dentro de mim. Essa equipe interna, com múltiplos talentos e características próprias, é a
minha força e o meu potencial. Fazemos reuniões de equipe.


Quando me amei de verdade, parei de me culpar pelas escolhas que fiz e que me faziam sentir segura.
Passei a me responsabilizar por elas.


Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma coisa ou alguém que ainda não está preparado. Inclusive eu mesma.
Quando me amei de verdade, passei a caminhar todos os dias, a usar a escada em vez do elevador e a escolher sempre o caminho mais bonito.


Quando me amei de verdade, passei a ser a minha própria autoridade, ouvindo apenas a sabedoria do meu coração. É assim que Deus fala comigo.
Isso é o que se chama de intuição.


Quando me amei de verdade, comecei a sentir um grande alívio. O meu lado impulsivo aprendeu
a esperar pelo momento certo. Então eu me tornei lúcida e corajosa. E passei a aceitar o inaceitável.


Quando me amei de verdade, comecei a ver que o meu ego é parte da minha alma.
Ao perceber isso, meu ego perdeu sua estridência e paranoia e pôde me servir melhor.


Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável.
Isso quer dizer: pessoas, tarefas, crenças e hábitos - qualquer coisa que me pusesse pra baixo.
Minha razão chamou isso de egoísmo.
Mas hoje eu sei que é amor-próprio.


Quando me amei de verdade, consegui falar a verdade sobre meus talentos e minhas limitações.


Quando me amei de verdade, consegui ter consciência, nos períodos de confusões, disputas ou desgostos,
de que essas coisas também fazem parte de mim e merecem o meu amor.


Quando me amei de verdade, passei a saber qual era o meu objetivo e a me afastar suavemente das distrações.


Quando me amei de verdade, vi que tudo a que eu resistia persistia. Igual a uma criança pequena dando puxões na minha saia. Hoje, quando a resistência fica me puxando, eu olho para ela e afasto-a gentilmente.


Quando me amei de verdade, aprendi a dizer não quando quero e a dizer sim quando quero.


Quando me amei de verdade, passei a encontrar um prazer cada vez maior na solidão e a usufruir a inexplicável e profunda satisfação que sua companhia traz.


Quando me amei de verdade, confessei serenamente minha coragem e meu medo, minha ingenuidade e minha sabedoria, e arranjei um lugarzinho para cada um em volta da minha mesa.


Quando me amei de verdade, descobri as lições que a minha raiva me dá sobre responsabilidade, e a minha arrogância, sobre humildade.
Agora ouço as duas com muita atenção.


Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão, e com isso
errei muito menos vezes.


Quando me amei de verdade, aprendi a chorar as dores da vida no momento em que elas acontecem, em vez de sobrecarregar meu coração arrastando-as por aí.


Quando me amei de verdade, comecei a ouvir a sabedoria do meu corpo. Ele fala claramente através do cansaço, das sensações, das antipatias e dos desejos.


Quando me amei de verdade, deixei de ter medo do medo.


Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro.
Isso me mantém no presente, que é onde a vida acontece.


Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.


Kim McMillen


SOBRE O LIVRO:






O sucesso de Quando me Amei de Verdade nasceu por acaso.
Apos a morte da autora, meses depois de escrever esse livro,  sua filha, Alison,
fez uma edição artesanal para presentear alguns parentes e amigos.
O livro foi passando de mão em mão, encantando as pessoas por transmitir, de forma
simples, verdades importantes: nunca estamos sozinhos quando sabemos aproveitar nossa própria
companhia e, para amar os outros precisamos primeiro nos amar.


FONTE: http://www.scribd.com/doc/7027053/Quando-Me-Amei-de-Verdade










sábado, 29 de outubro de 2011

Analogia para entender o YOGA





Concentre-se. Feche os olhos. 
Imagine como seria a casa dos seus sonhos. 
Não pense em dinheiro, ou custos. Nesse exercício, isso não é relevante.
Pense em cada detalhe da casa. 
As paredes, as portas, as janelas, o telhado. 
Visualize também o jardim, as plantas, flores e também o lugar dessa casa: seria numa cidade, num campo, numa praia, nas montanhas?
Deixe a sua imaginação tomar conta de você...


Pronto. Você já tem a casa dos sonhos memorizada na sua mente.
Pense que você fez esse pequeno exercício em grupo, e que a próxima etapa seria compartilhar o que cada pessoa imaginou.
Com certeza, serão muitas casas diferentes, com diferentes paisagens e em diversos lugares.


Agora imagine que a partir de agora você vai começar a construir a sua casa.
Você precisará de materiais e ferramentas. 
Então vamos substituir as seguintes palavras:
CASA por YOGA,
MATERIAIS por CORPO / MENTE e 
FERRAMENTAS por  EXERCÍCIOS.


Para construir a casa dos seus sonhos, você precisará saber usar os materiais da melhor forma possível. Mas para isso você precisará dominar o uso das ferramentas.


As ferramentas são a prática de Yoga em si, com os exercícios corporais, respiratórios, de concentração, meditação e relaxamento. Eles tem por objetivo, a consciência corporal, a melhora do condicionamento físico, a saúde, e principalmente o autoconhecimento. Os exercícios te darão a possibilidade de usar o seu corpo e mente, da melhor forma. 


Os materiais, ou o corpo/mente, como aqui me refiro, também são diferentes de pessoa para pessoa, mas com muitas coisas em comum.
Você imaginou os "materiais" da casa, diferente dos materias das outras pessoas. Mas mesmo assim, toda casa tem um piso, tem portas, janelas e um telhado. Todo corpo também possui a mesma anatomia, porém, cada pessoa "funciona" diferente.


Se, então, o Yoga, é a casa dos teus sonhos, como podem alguns tipos de YOGAS (ou casas, nessa analogia que está sendo feita), dizerem que a casa deles é a melhor, é a ideal, e é a que você deve "morar"?


Muitas pessoas achariam mais fácil mesmo, não pensar num modelo ideal de casa, e adquirir algo pronto e acabado. Assim também ocorre com o Yoga. Muitos preferem não pensar, não estudar, e simplesmente aceitar tudo que é dito. Só que no Yoga, a pessoa estará lidando com suas escolhas, suas emoções, a sua verdade (autenticidade). 
O professor deve ensinar a usar as ferramentas, respeitar cada material, e por fim deixar que o aluno  construa a sua própria casa.


Por isso quando me perguntam que LINHA de Yoga eu ensino, respondo que ensino YOGA, apenas. Sigo o meu coração. 
Muitas pessoas usam o Hatha Yoga como linha genérica. Por acharem que precisam denominar o Yoga, com um método específico, usam o mais popular. 
Não sou contra nenhum método, ou linha de Yoga. 
Só sou contra quem ao invés de ensinar o praticante a pensar, faz com que ele sempre obedeça o que lhe é imposto. Até porque, quem faz isso, não está ensinando Yoga.


Yoga é uma filosofia de vida, que com o uso correto das inúmeras ferramentas que possui, vai fazer com que o praticante conheça a si mesmo; e desfrute de todos os seus potenciais com consciência, a fim de maximizar o que há nele de melhor.


(Esse texto surgiu na minha cabeça na forma de um sonho que eu tive alguns dias atrás, onde eu dava aula para os meus alunos, explicando essa analogia. Quando acordei, pensei a respeito e hoje escrevi, seguindo a ideia original do sonho).


Carolina Carvalho
By Nina



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

sábado, 22 de outubro de 2011

POST-IT


Estamira e sua "lucidez perigosa" - por Siomara Spinola



“Eu sou a visão de cada um. Ninguém pode viver sem mim. A minha missão, além de eu ser Estamira, é revelar a verdade... Capturar a mentira e jogar na cara. Ensinar a eles o que eles não sabem.”

“Não tem mais inocente... Tem esperto ao contrário.”

“O espaço inteiro é abstrato. O que se vê lá em cima é só reflexo do que está aqui embaixo.”

“Que Deus é esse? Não é ele que é o próprio ‘trocadilo’? Ele e sua quadrilha...”

“A Terra falava, agora ela tá morta. A morte é dona de tudo”

“ Todos os homens têm que ser iguais, tem que ser comunistas... tem que ter ‘igualidade’.”

“Tudo o que é imaginário tem, existe, é.”

Essas são apenas algumas das brilhantes frases de Estamira, que assim se define, em sua forma de sangue e carne: “Eu sou ‘formato homem par’, que são as ‘mãe’... ” Sua carne e seu sangue são indefesos, não sua “áurea”. Formato homem par e formato homem ímpar, assim ela define os gêneros feminino e masculino. Uma louca? Não, muito pelo contrário, extremamente lúcida, consciente, ciente. Lucidez perigosa...

Ouvindo tais maravilhas saídas da boca de uma mulher tão simples, como imaginá-la uma doente mental? Como julgá-la “possuída pelo demônio”? Pois se ela é, de fato, como diz, a visão de cada um? Sim, sua missão é revelar a verdade, uma verdade que a maioria prefere não ver nem ouvir. Capturar a mentira e a hipocrisia e tacá-las na cara, e não ser capturada por elas. Ensinar aos formatos homens pares e ímpares aquilo que desaprenderam. Estamira não precisa de um Deus que fale por ela. Estamira tem voz própria, ela é a própria deusa, a Deusa da Anunciação. E ela incomoda, incomoda muito.

As palavras contundentes de Estamira, carregadas de uma brutal lucidez (alucidez perigosa de que fala Clarice Lispector!), são insuportáveis para o ser comum, aprisionado e amedrontado, agarrado a seus dogmas, a suas ficções, a suas mentiras. Porque ela, Estamira, não é comum, isso ela faz questão de frisar. Aponta os filhos, dizendo: “Eles são comuns, eu não!” Claro que querem calar a boca dessa mulher. Afinal, quantos suportam ver a sua mediocridade e a sua covardia reveladas por uma mulher como Estamira? Como ousa uma mulher como ela cuspir na cara tantas verdades intoleráveis? Por isso precisam dopá-la, “acalmá-la”, tirar-lhe o excesso de energia vital que transborda por seus poros, que jorra pela sua boca.

Estamira, mais do que “profeta”, é uma filósofa sem nunca ter tido aula ou lido um texto de filosofia. No entanto, ela é Nietzsche, é Zaratustra... anuncia a morte de Deus, a morte da Terra, a morte do próprio formato homem par e ímpar, cria conceitos filosóficos. O conhecimento de Estamira é totalmente intuitivo; ela não foi à escola “copiar” como diz, denunciando a hipocrisia do ensino, que na maior parte das vezes ensina a reproduzir, não a criar, como ela faz.

Estamira se diz má, mas não perversa. Sim, ela tem a “maldade” da crueldade necessária de quem diz aquilo que deve ser dito. Ela tem a “maldade” dos que não são cordeiros passivos de um rebanho, acuado, medroso; dos que não se submetem à ordem estabelecida, seja ela religiosa ou moral. Estamira é generosa, não quer nada para si, não quer fazer mal a ninguém; diz gostar de ajudar as pessoas. Chega a ser cômico ouvir sua filha dizer que ela é meio louca, “não é 100%”, embora confesse, em outro momento, ficar perturbada com algumas coisas que a mãe diz, coisas que para ela parecem ter um fundo de verdade. Ao menos, ela intui que existe algo ali... Ao contrário de seu irmão, castrado por uma “fé” cegante que o deixa impermeável às palavras de Estamira. Para se proteger contra as perigosas “heresias” ditas pela mãe “possuída”, ele recita febrilmente citações da Bíblia. Quem é o louco nessa história?

Estamira não é perturbada, ela é, sim, perturbadora, subversiva, criadora. É alguém capaz de gerar vida, poesia e pensamento mesmo em meio ao lixo. Ela é possuída, sim, mas por uma força da natureza, por uma potência de vida transbordante que não pode ser contida. Na loucura de sua lucidez ou na lucidez de sua loucura, Estamira diz coisas assombrosas. Uma “maluca-beleza”, como Raul Seixas: “Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal e fazer tudo igual, eu do meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total, na loucura real, controlando a minha maluquez, misturada com a minha lucidez...”.
É ao mesmo surpreendente e enternecedor descobrir Estamira, uma estrela tão brilhante, uma potência de vida tão afirmativa e de tamanha intensidade. Ela é a prova da imanência, da existência virtual e abstrata além da carne, além do sangue, além das formas, dos formatos. “Além dos ‘além’, para onde sangüíneo nenhum pode ir”...

Mas ela avisa: “Vocês não vão entender de uma só vez”.

Estamira chega a causar um certo constrangimento em nós outros, formatos homens pares e ímpares mais “comuns”.


Fonte: http://utopiaimanente.blogspot.com/2007/03/relembrando-estamira-e-sua-lucidez.html




Estamira faleceu no dia 28 de julho de 2011, de infecção generalizada.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pensamento do Dia

Por que fechamos os olhos quando oramos, choramos, beijamos, sonhamos? 
Porque as coisas mais belas na vida não são vistas, mas sentidas pelo coração!
(autor desconhecido)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Pensamento do Dia


Tem uma frase que diz: 


"Nem sempre é conveniente virar a página, ás vezes é preciso rasgá-la!" 
Eu não concordo. 
Precisamos sim virar a página e encerrar alguns capítulos da nossa vida. 
Prefiro guardar esses capítulos lá na coleção do meu passado. 
Cada um deles me ensinou grandes lições. 
E agora um novo capítulo começa! 


By Nina

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

John Lennon, sobre o AMOR


"Perguntaram a John Lennon: - Por que você não pode ficar sozinho, sem a Yoko? E ele respondeu: - Eu posso, mas não quero. Não existe razão no mundo porque eu devesse ficar sem ela. Não existe nada mais importante do que o nosso relacionamento, nada. E nós curtimos estar juntos o tempo todo. Nós dois poderíamos sobreviver separados, mas pra quê? Eu não vou sacrificar o amor, o verdadeiro amor, por nenhuma piranha, nenhum amigo e nenhum negócio, porque no fim você acaba ficando sozinho à noite. Nenhum de nós quer isto, e não adianta encher a cama de transa, isso não funciona. Eu não quero ser um libertino. É como eu digo na música, eu já passei por tudo isso, e nada funciona melhor do que ter alguém que você ame te abraçando." —

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs - Frases








"Você não consegue ligar os pontos olhando pra frente; você só consegue ligá-los olhando pra trás. Então você tem que confiar que os pontos se ligarão algum dia no futuro. Você tem que confiar em algo – seu instinto, destino, vida, carma, o que for. Esta abordagem nunca me desapontou, e fez toda diferença na minha vida."  (STEVE JOBS)


"Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores.Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado[ o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare!" (STEVE JOBS)







domingo, 2 de outubro de 2011

A Insustentável Leveza do Ser - Milan Kundera




"O mais pesado dos fardos nos esmaga, nos faz dobrar sob ele, nos esmaga contra o chão. Na poesia amorosa de todos os séculos, porém, a mulher deseja receber o peso do corpo masculino. O fardo mais pesado é, portanto, ao mesmo tempo a imagem da mais intensa realização vital. Quanto mais pesado o fardo, mais próxima da terra está nossa vida, e mais ela é real e verdadeira.
Por outro lado, a ausência total de fardo faz com que ele voe, se distancie da terra, do ser terrestre, faz com que ele se torne semi-real, que seus movimentos sejam tão livres quanto insignificante."


“O homem, porque não tem senão uma vida, não tem nenhuma possibilidade de verificar a hipótese através de experimentos, de maneira que não saberá nunca se errou ou acertou ao obedecer a um sentimento. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado”. 


"Pelo fato da vida ser, relativamente, tão curta e não comportar “reprises”, para emendarmos nossos erros, somos forçados a agir, na maior parte das vezes, por impulsos, em especial nos atos que tendem a determinar nosso futuro. Somos como atores convocados a representar uma tragédia (ou comédia), sem ter feito um único ensaio, apenas com uma ligeira e apressada leitura do script. Nunca saberemos, de fato, se a intuição que nos determinou seguir certo sentimento foi correta ou não. Não há tempo para essa verificação. Por isso, precisamos cuidar das nossas emoções com carinho muito especial."


"O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher)."


"Mesmo nossa própria dor não é tão
pesada como a dor co-sentida com outro,
pelo outro, no lugar do outro, multiplicada
pela imaginação, prolongada em centenas de ecos."


"Aquilo que o "eu " tem de único se esconde exatamente naquilo que o ser humano tem de inimaginável. Só podemos imaginar aquilo que é identico em todos os seres humanos, aquilo que lhes é comum . O "eu" individual é aquilo que se distingue do geral, portanto aquilo que não se deixa adivinhar nem calcular antecipadamente, aquilo que precisa ser desvelado, descoberto e conquistado do outro."


"Nunca se poderá determinar com certeza em que medida nosso relacionamento com o outro é o resultado de nossos sentimentos, de nosso amor, de nosso não-amor, de nossa complacência, ou de nosso ódio, e em que medida ele é determinado de saída pelas relações de força entre os indivíduos. A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade ( o mais radical, num nível tão profundo que escapa a nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais. É aí que se produz o maior desvio do homem, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras."

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pensamento do Dia

Se voce tem saúde, procura amor. 
Se tem dinheiro, procura paz. 
Se tem amor, procura dinheiro. 
Se tem paz, procura amor. 
Se não tem nada, procura tudo. 
Se tem tudo, não consegue enxergar.


(autor desconhecido)


terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pensamento do Dia



"Não procure alguém que te complete. 
 Complete a si mesmo e procure alguém que te transborde." 
 (Clarice Lispector)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mais Pensamentos, Textos e Poesia


"Eles se amam, todo mundo sabe, mas ninguém acredita.
Não conseguem ficar juntos.
Simples. Complexo. Quase impossível.
Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha.
Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro.
Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas.
Ela quer atitudes, ele quer ela.
Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela.
E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros.
Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro.
E mesmo sorrindo por aí, cada um sabe a falta que o outro faz.
Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos.
É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles.
E todos os dias eles se perguntam o que fazer.
E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro."
(Tati Bernardi)


"Depois de tanto esperar para embarcar junto, você vê que a pessoa já embarcou sem você e ainda acena do convés do navio partindo enquanto você fica com as malas na mão e literalmente a ver navios.
Lição de vida: Nunca condicione seus planos pessoais em função de alguém. Concessões não são recíprocas. " (Mônica Meira) ...

"Não consigo molhar os pés apenas, eu mergulho e só paro quando me afogo, eu me queimo e só paro quando derreto, eu me jogo e só paro quando me param."  (Martha Medeiros)


Pus meu sonho num navio
E o navio em cima do mar; -
depois, abri o mar com as mãos,
Para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
Do azul das ondas entreabertas,
E a cor que escorre dos meus dedos
Colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
A noite se curva de frio;
Debaixo da água vai morrendo
Meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
Para fazer com que o mar cresça,
E o meu navio chegue ao fundo
E o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito:
Praia lisa, águas ordenadas,
Meus olhos secos como pedras
E as minhas duas mãos quebradas."
(Cecília Meireles)

"Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer
Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada."
(Fernando Pessoa)

"Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais"
(Vinicius de Moraes)


terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pensamento do Dia



Quando a natureza sente que a valorizamos, ela amplia esse amor que lhe dedicamos, fazendo-o retornar a nós. A consciência de que todos somos um se revela em toda forma de vida que se sente respeitada; todos os reinos começam a se integrar quando nos comunicamos com eles através do coração. Em essência, nós sempre fomos partes uns dos outros. 


(Robert Happe)

Em todo beco sem saída existe uma passagem secreta



Você sabe reconhecer a diferença entre "ouvir um canto de sereia para abandonar um sonho" e "fazer um desvio para ganhar fôlego"? 
Como saber quando ser flexível para reconhecer oportunidades e quando manter o foco em um só objetivo e lutar até o fim? 
Tudo começa quando você se questiona sobre as escolhas que tem feito na vida e inicia uma exploração para descobrir "o que você realmente quer". Neste processo, naturalmente, você pára de seguir os sonhos de outras pessoas e começa a explorar sua própria consciência em busca das suas respostas. 
O próximo passo é explorar e descobrir que valores estão embasando esta nova meta (p.ex. felicidade, prosperidade, segurança, liberdade, reconhecimento, paz, serviço ao outro etc.) para começar a sua maravilhosa jornada. 
Não basta só atingir a meta: além de curtir a jornada, você tem que ser feliz quando chegar lá! Em seguida, você precisa aprender a montar um planejamento para alinhar sua vida pessoal e profissional com este novo objetivo e começar a agir em direção a ele. Pequenas ações todos os dias fazem o trem da sua vida começar uma curva suave em direção da meta que você quer atingir. É um trajeto gostoso, com muitos sonhos e desafios e uma emoção permanente a cada escolha. Apenas tome cuidado com escolhas que façam curvas acentuadas! Investigue, aprofunde, perceba o impacto nas várias áreas da sua vida, nos seus valores. Uma curva de 90 graus pode descarrilar o seu trem! Ao longo da jornada, você poderá fazer escolhas que o levem, aparentemente, a becos sem saída. 
Estas são oportunidades que podem ser interpretadas, basicamente, com dois pontos de vista: o da vítima ou do protagonista. O ponto de vista da vítima é o caminho das justificativas: você provavelmente vai sentir uma sensação de fracasso, vai tentar culpar alguém e sentir raiva por estar nesta situação. A raiva cria uma falsa sensação de alívio, mas com o passar do tempo, só resulta em mágoas e ressentimentos. Você se sente impotente para fazer as mudanças que precisa para colocar sua vida de volta nos trilhos. O ponto de vista do protagonista é onde você aprende e supera o desafio. É o momento de se fazer a seguintes perguntas: 
1. O que eu posso aprender com isso? Esta exploração vai ajudá-lo a reduzir as chances que esta situação se repita. 
2. Que recursos eu deixei de utilizar? É hora de ser honesto consigo mesmo(a) e saber quanto da sua capacidade de trabalho, relacionamentos, aprendizagem, tempo etc. você realmente investiu. No que você pode melhorar? 
3. Que pistas eu ignorei? Aqui você pode descobrir sensações, crenças, padrões, hábitos e atitudes que podem estar sabotando seu comprometimento pessoal. 
Estar alerta é fundamental! Se você optar por explorar estas situações em busca de aprendizado, responsabilidade pessoal e flexibilidade, além de reduzir as chances que elas se repitam, você certamente encontrará uma saída. 
Acredite, mas acredite mesmo: quando você assume responsabilidade por suas escolhas, em todo beco sem saída existe uma passagem secreta! 


Caio Cesar Santos

sábado, 17 de setembro de 2011

A nova meia-idade



Depois de ouvir de uma pessoa que eu, com meus 36 anos, já estava chegando à meia-idade, e insinuando que a tal meia-idade seria um peso, tanto no aspecto profissional, quanto no afetivo, tive pena de tal pessoa, quase 10 anos mais velha que eu. 
Conheço muitas pessoas que já estão na meia-idade, ou já passaram dela, que levam uma vida com muita qualidade. Viajam, trabalham, vivem novas histórias de amor, praticam muuito mais atividades físicas e estão melhores do que muitos jovens. 
A idade não se conta somente pelos anos que uma pessoa vive, mas principalmente pelas decisões e a atitudes de usufruir a vida da melhor forma possível. 
Meia-idade não é viver pela metade. 
By Nina

Encontrei esse texto, e recomendo a todos a leitura, principalmente os que estão em crise, com a tão "temida" meia-idade... 

"Se você está chegando aos 50 anos, faça o teste: pegue sua fotografia mais recente e a compare com uma de seu pai (no caso dos homens) ou de sua mãe (para as mulheres) na mesma faixa de idade. A chance de você estar mais bem conservado do que ele ou do que ela é enorme. Uma das grandes diferenças da atual geração de quarentões e de cinqüentões em relação à turma que estava nessa faixa etária há vinte ou trinta anos é a necessidade de se conservar jovem. "É a chamada geração Peter Pan", diz o gerontologista mexicano Fernando Torres-Gil, diretor do centro de pesquisas em envelhecimento da universidade americana da Califórnia, numa referência ao personagem das histórias infantis que não queria crescer. "Essas pessoas não aceitarão ser chamadas de velhas nem mesmo quanto tiverem 60 ou 70 anos de idade." 
 As pessoas da nova geração da meia-idade, de modo geral, adquiriram o hábito de fazer ginástica poucos anos atrás, depois de atravessar a juventude inteira dando pouquíssima importância à forma física. 
Passaram a se preocupar com a qualidade da alimentação após décadas de devoção às frituras e à lasanha. E derrubaram as barreiras que separavam a moda dos adultos da moda dos jovens. Suas roupas têm cortes bem parecidos com os modelos usados pela turma que está na casa dos 20. Esse é o lado glamouroso da nova turma de meia-idade. 
O problema é que, por trás dessa aparência jovial, há mais que um estilo de vida. Há também muitas exigências que seus pais, por mais velhos que aparentassem, jamais tiveram de enfrentar. Para a geração Peter Pan, conservar a aparência não é só um traço de vaidade. Em alguns casos é uma questão de necessidade. Esse é o xis da questão. 

 Trabalho - O trânsito pela casa dos 40 anos significava, até a geração passada, o início da contagem regressiva em direção à aposentadoria. Era nessa época que as pessoas começavam a merecer respeito dos colegas mais jovens em razão da experiência adquirida durante a carreira, que, em muitos casos, começava e terminava numa mesma organização. Hoje em dia, o profissional está no auge da carreira. E os cabelos brancos e a barriguinha discreta que no passado inspiravam respeito passaram a ser motivo de críticas. São sinais que mostram o profissional como antiquado e lento. Por essa razão, diz o consultor de recursos humanos Marcelo Mariaca, quem entra na casa dos 50 tem mais razões que os jovens para cuidar da aparência e não deve ter vergonha de apelar para os recursos que a ciência pôs a sua disposição. "Para os que têm mais de 50 anos, cuidar do visual e dos modelos das roupas é praticamente uma obrigação", afirma Mariaca, ele mesmo um cinqüentão. "Não vejo nada de errado com quem tinge o cabelo e faz lipoaspiração." 

Vida afetiva - Outra exigência que pesa sobre a turma de meia-idade diz respeito ao casamento. Cerca de vinte anos atrás, quem chegava aos 50 alcançava um ponto de equilíbrio que dificilmente seria abalado. Hoje, nessa faixa etária, muita gente está apenas começando ou querendo começar tudo de novo. (E todo mundo sabe que aparência é meio caminho quando o assunto é paquera e namoro.) O número de divórcios vem aumentando não apenas entre os casais com menos de dez anos de vida em comum. As separações também alcançam casais que já comemoraram as bodas de prata. E mais: se no passado uma separação nessa faixa de idade era uma espécie de fim de linha para as mulheres, o significado atualmente é bem diferente. Há dois anos, a paulistana Maria Luiza de Aguiar e Dias, 52 anos, desfez seu casamento de 28 anos. Como os filhos estavam criados, ela resolveu investir na própria saúde e bem-estar. Matriculou-se na Fórmula, uma das mais badaladas academias de ginástica de São Paulo, e prestou vestibular para ciências sociais. "Achei que era hora de cuidar de mim, de me atualizar", diz Maria Luiza. "Não tenho medo de envelhecer, apenas quero estar preparada para isso", revela. 

Medo de envelhecer - Os especialistas consideram que os hábitos saudáveis adquiridos pelas pessoas de meia-idade muitas vezes refletem apenas o temor de envelhecer, próprio de uma geração que tem no currículo mais conquistas que qualquer outra que a precedeu. "Esse medo gera angústia e, em muitos casos, depressão", afirma o psicólogo Nicola Centrone, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. A questão ainda não resolvida é que a necessidade de se manter jovem não consegue deter o processo de envelhecimento. E o medo de envelhecer pode impedir que a pessoa viva e aproveite bastante o momento atual - que sempre pode ser um ponto de partida para novas possibilidades." 
  http://www.vivatranquilo.com.br/terceira_idade/colaboradores/sempre_forma/avulsas/mat3.htm



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eleve-se!!!




"Insistir naquilo que já não existe é como calçar um sapato que não te cabe mais... machuca, causa bolhas, chega à carne viva e sangra. 
Então é melhor ficar descalça. 
Deixar livre o coração, enquanto vive. 
Deixar livre os pés, enquanto cresce. 
Porque quando a gente cresce, o número muda! 
Às vezes você tem que esquecer o que você QUER pra começar a entender o que você MERECE."


(autor desconhecido)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Jalaluddin Rumi - Pensamentos


"Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode isto ser segredo para ti?

Finalmente, foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo - um punhado de pó -
vê quão perfeito se tornou!

Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu."


"Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
e reflete, como a mina de rubis,
os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,
transmutará teu pó em ouro puro."



"Sofreste em excesso
por tua ignorância,
carregaste teus trapos
para um lado e para outro,
agora fica aqui.

Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu."

"Não temos nada além do amor
Não temos antes, princípio nem fim.
A alma grita e geme dentro de nós:
- Louco, é assim o amor.
Colhe-me, colhe-me, colhe-me!"

"Olhe para seu próprio coração", diz o Sufi, "pois o reino de Deus está dentro de você".
Aquele que realmente conhece a si mesmo conhece a Deus, pois o coração é um espelho no qual cada qualidade divina se reflete. Mas, assim como um espelho de aço , quando coberto de ferrugem, perde seu poder de reflexão, também o sentido espiritual interior, que os Sufis chamam  de olho do coração, é cegado para a glória celestial até que a escura obstrução do eu perceptivel, com todas as suas contaminações sensoriais,seja inteiramente limpa. A limpeza, se for feita efetivamente, deve ser trabalho de Deus, embora demande certa cooperação interior da parte do homem."

"A inspiração que você procura já está dentro de você.
Fique em silêncio e escute."






BIOGRAFIA

Mevlana      Jalaluddim     Rumi     nasceu    em   Balk,   antiga   Pérsia   e  atual   Afeganistão,     em setembro   de   1207.   Seu   pai,   Bahauddin   Walad,   foi   um   dos   maiores   eruditos   de   seu tempo, conhecido como Sultan Ulema, o Sultão dos Sábios e teve influência decisiva naformação de Rumi. Na iminência da invasão mongol, Bahauddim migrou ao longo de alguns anos com sua família. Durante essa peregrinação, Rumi - em sua infância e adolescência - presenciouo encontro de seu pai com grandes mestres do Sufismo, como Faraddudim Attar. Havia uma disputa entre os sultões e califas pela presença de seu Pai. Todos queriam construir Madrassas   (escolas)   para   acomodar   Bahauddin   e   sua   família,   e   manter   em suas   cidades   esta   grande   eminência.   Mas  foi   em   Konia,   na   antiga   Anatólia   e   atual Turquia, que Bahauddim e sua família se estabeleceram. Rumi passou por uma formação clássica que abrangia todas as áreas de conhecimento Islâmico. Ele estudou Gramática, Jurisprudência, Comentário Corânico, as tradições do Profeta,  Teologia,  Filosofia, Matemática,  Astronomia,  e  foi   introduzido  ao conhecimento e prática do caminho Sufi. Foi enviado por seu pai às melhores escolas e logo, passou a ser reconhecido pela profundidade e brilhantismo de sua compreensão.Com      a  morte    de   seu   pai,  Rumi     assumiu     a  sua  madrassa      aos   24   anos.   Ele   erareverenciado por todos seus discípulos, e a população em Konia o chamava de Mevlana(nosso mestre). Para   compreender   melhor   a   influência  de   Bahauddim   sobre   Rumi,   segue   abaixo   um trecho de seu livro, o Maarif:
“Se   Deus   diz   ‘Nós’,   significando   EU   SOU,   então   qualquer   pronome   que  eu  utilize   se   torna   supérfluo.   As   designações   caem   como   pétalas.   A   sabedoria vem   e   eu   sinto   tamanho   deleite   a   me   transbordar,   que   temo   perder   meus sentidos   frente   a   isto.   Eu   digo   a  mim   mesmo:   amante,   amado   e   os   outros caminhos do amor não são uma única coisa? Da   mesma   forma   com   os   atributos   Divinos   e   os   seres   humanos,   existe   a unidade no Amor. No coração não existe espaço para diferenciação, somente unidade   e   o   Amado.   Eu   desistiria   de   livros   e   posses,   das   minhas   virtudes   e reputação, tudo por um único momento dentro desta presença.”
Após   a   morte   de   Bahauddim,   seu   antigo   discípulo   Burhaneddin,   veio   a   Konia   paracompletar o treinamento de Rumi. E durante muitos anos, mesmo mantendo a madrassa
e   seu   papel   na   comunidade,      Rumi     devotou-se     a  Burhaneddin      e  já  demonstrava      o desenvolvimento do elemento que iria tornar-se central em sua vida, a compreensão dopapel   do   Mestre,   Amigo   e   companheiro   de   Jornada   como   reflexo   da   Perfeição   e   do Amor Divino. Após a morte de Burhaneddin, sentindo-se maduro, Mevlana assume integralmente seu papel   na  madrassa   como   Mestre,   e   sua   fama   e  renome   espalham-se   para   além   das fronteiras de Konia. E então surge Shamsuddim Tabriz, o homem que iria transformar Mevalana Jalaluddin Rumi   no   mestre   que   renovou   o   caminho   místico   e   influenciou   outros   professores   e escolas além das fronteiras do Sufismo ou do Islã. Shams continua sendo uma figura enigmática,   a   quem   muitos   atribuem   diversas  origens   e   lendas.   Alguns   o   associam   à tradição Ismaelita e sua forte influência Persa, outros aos Malamati, grupo Sufi que foi chamado de Povo da Culpa por seu comportamento pouco. Mas isto é apenas conjectura, pois naquela  época, o Sufismo ainda apresentava muita vivacidade      e  liberdade   e  ainda   não   havia    sido  formatado     em   escolas,   ordens    ou linhagens,   fenômeno   que   demorou   um   século   para  acontecer.   Os   mestres   e   dervixes peregrinavam   pelas   cidades   mesclando   conhecimentos   e   interagindo   de   forma   mais livre.   As  Madrassas      e  outras   instalações    serviam-lhes     de  acomodação,      mesmo     se fossem dirigidas por outros mestres. Por causa dessa mescla tornou-se possível o resgate das tradições antigas e o florescimento de um conhecimento novo.
Na época de Rumi o caminho Sufi era dividido basicamente em duas linhas. A primeira,
chamada   de   caminho   dos   sóbrios,   com   origem   nos   primeiros   Sufis   de   Bagdá,   que
prezava     o  caminho    do   conhecimento      e  auto-controle    e  tentava   manter-se    em   bonstermos   com  a   ortodoxia.   Este   caminho   está  geralmente associado ao nome do grandemestre Junayd, e tem em figuras como Al Gazalli um exemplo posterior. O   outro   caminho,   conhecido   como   caminho   dos  “Loucos   de   Deus”,   ou   bêbados,   está associado aos grupos de Basra e ao nome de Bayazid Bistami, e tem em Al-Hallaj, que foi sentenciado à morte, um expoente posterior. Rumi já havia percorrido o caminho dos sóbrios e vinha vivendo de acordo com seus preceitos.   Porém,   a   partir   de   seu   encontro   com   Shams,   ele   descobre   a   dimensão   do Amor, um estado tão celebrado pelos “Loucos de Deus”. Mas é importante ter em mente que Rumi e Shams não devem ser associados com um ou outro destes caminhos. Shams era um sufi solitário e selvagem, que desdenhava da incompletude daqueles que se aprisionavam a qualquer dos dois caminhos. Um mestre, para ser digno desse título, deveria aniquilar-se na verdade e queimar suas concepções a respeito do caminho místico. Shams, que em persa significa Sol, buscava um companheiro que compreendesse seu ardor, e se transformasse ele também, em fogo. E para que Rumi pudesse atingir sua plenitude,   ele   precisava   queimar,   tornar-se  um   sol.   É   o   próprio   quem   Rumi   diz:   “Eu estava cru, e quando encontrei Shams fui cozido e me consumi”.
Mevlana, como no trecho do Maarif citado acima, abandonou os livros, o estudo, seus discípulos e reputação para mergulhar na presença de Shams.
É nesta época que Rumi é introduzido aos Giros e às cerimônias de Zikr, e de sua madrassa começa a transbordar a música e poesia. Mas da mesma forma com que surgiu, Shams some repentinamente, deixando Rumi ser consumido   no   fogo   do   Amor   e   da   Saudade   que   ele   o   havia   apresentado   e   que   sua separação abrasava. É de seu desespero que brotam suas poesias, que lamentam a saudade e a separação do Amigo que havia se tornado o espelho para sua alma, e em cujos olhos ele contemplava o Amor que buscava.
Rumi enviou discípulos e o próprio filho em busca de Shams, apelando por sua volta. E
quando   seu   filho   retorna   com   Shams,   novamente   eles   mergulham   em   seus   mistérios,transformando   um   ao   outro.   Mestre   e   discípulo,   amante,   amado   e   amigo,   todos   oslimites se consomem na plenitude da Presença divina. A morte de Shams também está envolta em mistérios e alguns autores sugerem que ele tenha    sido  assassinato    por  discípulos   invejosos.   Depois    da  morte   de  Shams,    Rumi mergulha na saudade novamente e se deixa consumir por inteiro. Mas desta vez emerge pleno na compreensão de que a separação é somente um véu, imposto pelo próprio ser humano   que   insiste   em   perpetuar   sua   cegueira   e   ignorância.   Ele   vê   que   a   luz   que contemplava em Shams era a Luz da Presença Divina em si, e também a Luz de sua própria   Essência.   Nesta   transformação,   Mevlana   pode   contemplar   a   própria   realidade como expressão da unidade, que revela eternamente a beleza e perfeição divinas. É deste processo que nasce toda sua arte. Nasce também o caminho que ele incita o ser humano a percorrer, composto da busca pela compreensão da potencialidade humana e das amarras que o aprisionam aos níveis mais baixos da expressão do seu eu. Esta é a parte crucial de seu legado, que muitas vezes é ignorado devido à apreciação meramente poética e superficial de seu ensinamento.
Mas   se   Mevlana   acusa   com   rigor   e   indignação,   também   instrui   e   orienta.   Ele   traz   a recordação da real dimensão pessoal e também de sua total potencialidade. Ele agita as almas     a  romperem     os  grilhões   que   as  aprisionam,    abrasando     os  corações    com    arecordação do verdadeiro amado. Rumi     penetra    na  taverna    dos  amantes     compartilhando      o  vinho   do   amor    divino, declarando as belezas e perfeição do Amado. Mas esta dimensão não deve ser associada com os êxtases que levam à perda de consciência, ou à dimensão dos “loucos de Deus”, que   tanto   atiçam  as   fantasias   dos   aspirantes nessa   jornada.   Na   presença   de   Deus   esta embriaguês nada mais é que a sobriedade última da contemplação de Sua Face. Por isso, Rumi declara ser necessária maturidade para trilhar o caminho do Amor, assim como para aprender os segredos do Giro. Pois mesmo ele, só foi iniciado nestes mistérios após longos anos de treinamento e transformações. Para   se   aproximar   de   seu   ensinamento   é  necessário   penetrar   no   real   significado   do caminho que ele apresenta. Mas, o real significado deve ser buscado muito além de uma apreciação superficial. Ibn Arabi, um Sufi reconhecido como um dos maiores místicos da História e cujo enteado e discípulo, Sadruddin Konevi, foi amigo de Rumi, diz: “O místico   não   pode   indicar   sua   dimensão   a  outros   homens;   ele   pode   apenas   indicá-la simbolicamente para aqueles que começaram a experimentá-la por si próprios”. Esta trajetória não se limita a leituras e aquisição de conhecimento, seja intelectual ou poético.   É   necessário   que   haja   uma   transformação   que   nasce   a   partir   do   esforço   em mudar a si mesmo e desenvolver as suas potencialidades latentes. A morte de Mevlana aconteceu em 17 de Dezembro de 1273, e segundo as descrições “transportaram seu corpo através da cidade, o povo e os nobres descobriram a cabeça, mulheres, homens e crianças assistiram ao seu enterro. Estavam presentes membros e discípulos de comunidades e nações distintas - cristãos, judeus, turcos, árabes e gregos - cada qual com seu livro sagrado. Leitores do Corão liam belos versículos, os sacerdotes rezavam as preces da ressurreição com voz melodiosa, grupos de músicos recitavam e cantavam versos e canções compostos por Mevlana.” Mas para Mevlana a morte é o dia do retorno ao Amado, e deveria ser celebrada como o casamento   da   alma   com  Ele.   Em  suas   próprias   palavras:   “Prazerosos,   alegres,   ébrios, aplaudamos o encontro final com o Amado”. Além      do   Mathnavi,     sua   maior   obra,   ele   deixou    poesias    que   foram    copiladas posteriormente, sendo a mais famosa, o Divan. Rumi também escreveu o Fihi-ma-Fihi que    é   uma    compilação      de   aulas   e  ensinamentos      sobre    diversos    temas    dirigidos diretamente a seus discípulos.
O    impacto    de   sua  obra   exerceu    transcendeu     os   limites   do  Sufismo     e  do  Islão.   A universalidade e humanismo de suas idéias e posturas foram responsáveis por reunir à sua volta discípulos de todas as religiões e tradições. Após sua morte, seu exemplo e conhecimentos foram perpetuados, influenciando não apenas todos os grandes místicos da história, mas artistas, filósofos e pensadores. O    que   distingue    sua  poesia    e  idéias,  bem   como     sua   trajetória  pessoal,    é  a  forma apaixonada       com   que   buscou,    nas   expressões   da    Beleza    e  do   Amor,    os  elementos intrínsecos da relação do homem com o Criador e com a própria criação. Rumi busca esta Beleza na música, no Giro dervixe, na poesia e em toda forma de arte, mas principalmente na própria vida. Mevlana   é   o   poeta   do   Amor,   mas   de   uma   forma   de   amor   que   não   está   baseado   em fantasias   e   ilusões,   mas   na   luta   desesperada   e   apaixonada   da   alma   em   encontrar   a Verdade. E nessa luta é possível atingir a compreensão de que tudo o que separa a alma de   seu   objetivo   é   a   própria   incapacidade  do   ser   humano   em   atingir   sua   plenitude. Somente   após   remover   os   véus   causados   pela   própria   cegueira   é   que   será   possível penetrar   nesta   saudade   e   amor,   que   faz   girar   o   universo,   eternamente   inebriado   pela beleza e perfeição.


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Carolina Carvalho
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