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sábado, 9 de julho de 2016

Quando a gente se encontra...





Primeiro vídeo bem amador que fiz falando um pouco sobre como estou trabalhando esse mês e também sobre o que me inspira.
Quando a gente acredita em um sonho e vai em busca dele, tudo é possível. Aqui mostro para vocês o que buscava faz tempo: o meu modelo ideal de trabalho.
Trabalho com redes sociais. Além de prestar consultoria e fazer gerenciamento das redes, também escrevo e crio artes para minhas páginas e de clientes.
Basta wifi, computador e celular e posso fazer meu trabalho de onde eu quero.
Minha filosofia de vida que é o Yoga influenciou muito o meu modo de pensar e foi assim que tive persistência, fé e autoconfiança para chegar aqui.
E isso é só o começo. Agora que passei o dia me batendo para editar um vídeo e só apanhei, sei que ainda tenho muito que aprender!!!
Com amor,
ByNina

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

4 vídeos incríveis com sons binaurais que farão você meditar

Muita gente fala que não consegue meditar.

Os vídeos que eu estou indicando vão te proporcionar um estado de meditação sem dúvida alguma.

O princípio dos vídeos são os sons binaurais, chamados também de drogas digitais, pelos efeitos causados.

Recomendo que o primeiro vídeo seja escutado antes. São apenas 5 minutos. Então ele é indicado para quem tem mais dificuldade em se concentrar.
Para ouvir é necessário fones de ouvido. Prepare um ambiente tranquilo, com pouca luz e mantenha o corpo em uma posição confortável. Permaneça durante os exercícios de olhos fechados e com o corpo imóvel. Foque toda a tua atenção no som.

O segundo vídeo tem 15 minutos. Se foi fácil para você se concentrar no primeiro, ouça esse:


Para quem já está mais acostumado a meditar, recomendo esses 2 vídeos de aproximadamente 1 hora.






PARA SABER MAIS:

"Os tons binaurais foram descobertos em 1839 pelo pesquisador alemão Heinrich Wilhelm Dove.
De acordo com o Centro de Pesquisa Neuroacústica dos EUA, esses tons são sinais de diferentes frequências que, ao serem apresentadas uma a cada ouvido, são processadas pelo cérebro de uma maneira que os dois sinais terminam produzindo a sensação de uma terceira frequência, a onda binaural.
Existem numerosas pesquisas associadas às mudanças na consciência pelo uso de tons binaurais, segundo o Centro de Pesquisa Neuroacústica. Em 1995, os cientistas americanos Owens e Atwater afirmaram que "o efeito subjetivo de escutar sons binaurais pode ser relaxante ou estimulante, dependendo da frequência do tom".
No mesmo ano, um estudo realizado pelo pesquisador Chok C. Hiew demonstrou que os tons binaurais de categorias delta (de 1 a 4 hertz) e theta (de 4 a 8 hertz) estão associados com o relaxamento, a meditação e os estados criativos, além de ajudar a conciliar o sono.
Alguns anos antes, em 1985, o americano Robert Monroe havia declarado que os tons binaurais em freqüências beta (de 16 a 24 hertz) estão associados ao aumento da concentração." (Fonte INFO)
"Ondas binaurais, ou batidas binaurais, são tipos de ondas emitidas em frequências distintas para cada um dos ouvidos, cada emissão possui uma frequência baixa, geralmente entre 100 Hz e 1 KHz, quando os sons atingem os dois ouvidos, são captados e, então, interpretados pelo cérebro, que responde emitindo uma frequência que é igual à diferença das duas frequências captadas pelo ouvido, neste caso, temos diferentes tipos de resposta cerebral: alfa, beta, delta, teta e gama. O cérebro humano emite frequências de magnitudes como essas geralmente apenas durante o sono, especificamente, durante o sono profundo (REM). O estado alfa (8Hz a 12Hz) é chamado de estado de super aprendizado, porque o cérebro parece estar mais receptivo e aberto as novas informações. As pessoas que meditam, fazem isso no estado Alfa." (FONTE: YouTube)

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Chakras e Kundalini - A Melhor Explicação



Vale a pena assistir esse vídeo.

Uma explicação descomplicada sobre os Chakras e Kundalini.



Fonte: Alex Pompermayer Pompermayer

Recomendo ainda esse ótimo exercício de ativação e alinhamento dos chakras, para ser feito após a compreensão do vídeo anterior.
Ótimo para fazer antes de dormir!



Esse exercício é útil para criar um campo energético de equilíbrio e harmonia.

Prepare um ambiente confortável, com luz suave. De preferência em lugar silencioso, não muito frio, nem muito quente.

Coloque-se confortavelmente, sentado ou deitado. Procure relaxar toda a musculatura de seu corpo. Repare na sua respiração e procure suavemente colocar um compasso mais calmo, respirando mais profundamente.

Essa respiração deve ser abdominal. Imagine seu abdômen se enchendo de ar e vá soltando aos poucos até soltá-lo totalmente. Faça essa respiração por algumas vezes até sentir que está completamente relaxado.

Agora a cada inspiração que der imagine o ar entrando por suas narinas numa cor vermelha como se fosse uma névoa, indo se depositar no seu chakra básico, localizado entre o ânus e os genitais, que se abre para baixo.

Veja esse chakra como se fosse uma flor e a cada inspiração concentre sua atenção, simplesmente sem intenção nenhuma ou expectativa. Sua atenção estimula uma suave animação do chakra que começa a girar lenta e constantemente. Uma energia morna e latejante flui do mesmo. Sinta como você fica calmo e sereno, repleto de gratidão pelo planeta que é o seu lar. Conserve essa calma e serenidade dentro do seu ser.

Imagine agora o ar mudando para a cor laranja e a cada inspiração ele entrando por suas narinas como uma névoa, indo se depositar no seu chakra esplênico, localizado abaixo do umbigo um palmo, abrindo-se para frente.

Da mesma forma concentre somente sua atenção a cada inspiração, que anima o segundo chakra, fazendo-o circular um pouco mais vibrante do que no primeiro chakra.

Essas vibrações vão se expandindo em círculos cada vez maiores até o envolver totalmente, como se estivesse abraçando e aconchegando com muita energia. Sinta a grande segurança, deixe-se levar pelo carinho, confie.

Essa é a energia de um novo tempo, de um novo momento e um sentimento profundo de felicidade se espalha por todo seu ser. Guarde com você esse sentimento.

Concentre-se agora no terceiro Chakra o do Plexo solar, localizado dois dedos acima do umbigo, abrindo-se para frente. Inspirando o ar profundamente na cor amarela como se fosse uma névoa, deposite no chakra com toda a intensidade de sua mente.

Permaneça assim, sua atenção estimulando o chakra do plexo solar, fazendo com que se desprenda uma energia morna e poderosa. Essa energia penetra no mais profundo de sua alma, aquecendo e iluminando como os raios de um sol. Sinta a paz e a força que partem de você.

Inspirando o ar profundamente na cor verde como se fosse uma névoa, deposite no quarto chakra, conhecido como Cardíaco, localizado no meio do peito, que se abre para frente.

Simplesmente sinta essa região, sem expectativas, nem objetivos. Essa atenção produz em seu chakra cardíaco uma vibração que se espalha em ondas suaves, ondas de energia que fazem esse centro de força entrar em movimento giratório, abrindo-se como uma flor.

Imagine que essa flor abre suas pétalas conforme gira lenta e suavemente sua cor esverdeada intensifica seu brilho partindo raios de luz, despertando em você muito amor e harmonia que te liga aos planos mais altos.

Sinta junto de você uma presença angelical, um ser amigo que te ampara, protege e orienta em todos os momentos de sua vida. Fique com esse sentimento de amor e com a certeza de que você nunca está sozinho.

Passando a atenção para o próximo chakra, o da laringe, que se localiza na cavidade do pescoço, inspirando o ar na cor azul clara, como se fosse uma névoa, deposite-o com intensidade.

Somente perceba essa região, dedicando sua atenção, sem esperar nada, sem objetivos. Sua atenção anima o chakra da garganta, você percebe que ele começa a vibrar em círculos, espalhando um brilho azul suave por todo seu íntimo.

Dentro de você sinta que sua vida se torna clara, ampla, livre e ilimitada. Tudo nesse momento se transforma dentro de você, todas as possibilidades se ampliam e você percebe que tudo pode, que tudo sabe.

Nesse momento você se aceita como é e deixa essa sua nova energia interna se irradiar livremente e abertamente para fora, contagiando a todos, ao ambiente e ao planeta.

Concentre sua atenção no chakra Frontal, situado na testa, com abertura para frente. Inspire profundamente e ao fazê-lo visualize o ar na cor azul escuro, índigo. Concentre sua atenção no chakra, envolvendo-o numa névoa nessa cor e lhe transmitindo energia.

Essa energia estimula uma vibração que se espalha em círculos de uma forma sutil. Deixa uma sensação de calma profunda e quietude, um silêncio absoluto das profundezas das águas.

O silêncio é cada vez maior, seus pensamentos estão claros, nítidos, na superfície da mente. Sua consciência torna-se plena, desse silêncio chega até você em forma de intuição, imagens, sons, sensações ou compreensões diretas.

Enquanto você permanece com essas sensações, encaminhe sua atenção para o chakra coronário, situado no alto da cabeça, que se abre para cima. Coloque somente atenção no alto da cabeça e de uma pequena abertura visualize uma luz clara e violeta brilhando no seu interior.

Imagine que você entra no seu interior como num templo sagrado e de lá vê uma nova abertura, como um teto que por ele penetra uma luz branca e brilhante que se derrama sobre você e penetra pelos seus poros te preenchendo completamente.

Nesse momento você se torna pleno. Você reconhece que essa luz brilha dentro de você desde o começo, que ela te une ao criador e juntos vocês se tornam um.

Repouse nessa luz, sem desejar ou querer nada. Simplesmente usufrua dessa magnitude do momento e se deixe iluminar. Você voltou a sua origem e essência, você chegou ao fim da sua viagem...

Essa luz permanecerá para sempre dentro de você, dentro de sua alma. Permita que isso permaneça em sua vida e dentro do seu mundo.

Vá voltando sua atenção novamente para o seu corpo, espreguice-se, respire profundamente e sinta que você está de volta no aqui-e-agora. Com os olhos fechados ainda, sinta mais uma vez todas as emoções e sensações que essa viagem te despertou e com calma abra os olhos.

Fonte: http://anjodeluz.net/exercicio.htm 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Entrevista de SUP Yoga para o Globo Esporte - Carolina (Nina) Carvalho


Fotógrafo @naideron

Reportagem que saiu hoje na Globo RPC TV sobre as aulas de SUP YOGA que dou no Passaúna. 

É com gratidão que represento o @supyogabrazil aqui no sul, uma parceria com muita sintonia e rendendo bons frutos.
Esse é o resultado de um trabalho feito com dedicação e muito amor!






Assistam clicando na imagem, em alta resolução:




Saiu também na SporTV em rede nacional:



Saiu também uma matéria na RPC TV:




Para saber mais sobre as aulas, me sigam no INSTAGRAM: @instabynina

Confiram algumas fotos do SUP YOGA DAY, agora todos os sábados no Passaúna (curitiba):








As fotos abaixo foram feitas pela equipe do canal do YouTube MandôBem, que também cobriu o evento. Em breve mais vídeos desse dia incrível!










REPRESENTANTE SUP YOGA BRAZIL SUL



quarta-feira, 9 de abril de 2014

A evolução do Yoga



É estranho como o ser humano se comporta diante de mudanças.
Lembram quando apareceram os primeiros celulares? 
Eram enormes, tinham somente a função de fazer e receber chamadas e ainda eram considerados artigos de luxo.
A tecnologia avançou e hoje carregamos conosco celulares que são melhores que muitos computadores. O que antes era artigo de luxo virou necessidade. Pelo menos para a grande maioria das pessoas.
Mas imagine você, uma pessoa tradicional, lutando para que os primeiros celulares continuassem no mercado e criticando ferozmente todo o avanço tecnológico. 
Meio surreal, não acha?

Tenho visto e ouvido, desde que comecei a praticar Yoga, grandes discussões sobre o que é Yoga, sobre qual o Yoga mais autêntico, sobre as origens do Yoga, sobre o que é certo, errado, verdadeiro, falso e assim por diante.
Nunca entrei nessa porque enquanto as pessoas discutiam suas verdades, achei mais útil estudar, praticar e entender o Yoga.
Estudei muito filosofia e mitologia. Fui além da teoria exclusiva dedicada ao Yoga.
E minha conclusão é que o Yoga evoluiu.
Depois de anos em baixa, as práticas de Yoga vêm ganhando força novamente.
Não é de admirar que o Yoga que está em alta é justamente o que foge do tradicional.
Com essa linha de pensamento, volto a falar do celular.
Por mais que avanços e mudanças tenham acontecido, ele continua sendo um celular: menor, mais moderno, com mais funções.
O Yoga também continua sendo Yoga.
Não importa se a prática é Vinyasa Flow, Acro Yoga, Hot Yoga, Iyengar Yoga e agora o SUP Yoga.
Não importa se o Yoga é considerado um caminho espiritual ou apenas uma filosofia prática.
O que realmente importa é se identificar e praticar o método que você escolheu da melhor forma possível. Ou vários deles. 
Yoga é integração, união. 
União de você com Deus, ou com a sua natureza divina. 
União com a natureza, com o Universo. 
Com as outras pessoas e com você mesmo, com sua essência.
Yoga é o "todos somos um".
Mas e na prática, quem fala tudo isso, faz?
Como eu gostaria que sim.

O Ahimsa, palavra sânscrita que significa não agressão, comparo aqui com o fio da tomada usado para carregar a bateria do celular.  
Sattva, palavra sânscrita que significa verdade, ou autenticidade, comparo aqui com a própria bateria do aparelho.
Assim como eletricidade e bateria são essenciais para o funcionamento do celular, Ahimsa e Sattva são fundamentais em qualquer prática de Yoga.
Curioso é que muito professor de Yoga esquece disso.

Se você ainda não decidiu sobre qual linha seguir, desconfie daquelas que agridem outros métodos e se dizem donas da verdade.
Essas estão indo contra esses dois princípios básicos que citei acima:
Ahimsa e Sattva.
Um bom professor ensina seu método sem precisar falar mal de nenhum outro. Mesmo se a desculpa for alertar o praticante, acredito que todos somos inteligentes o suficiente para não cair em roubadas, ou percebê-las a tempo. Assim como também somos capazes de discernir o que achamos certo e errado para nós. E isso é muito pessoal.

Essas são opiniões próprias.
Encontrei no Yoga minha filosofia de vida.
Praticar ásanas, pranayamas, meditação e mantras mudou minha vida.
Se faço isso em uma escola de Yoga, na sala da minha casa ou em cima de uma prancha, continua sendo Yoga.
Minha proposta como professora é ensinar o praticante a usar todas essas ferramentas que o Yoga dispõe, com o objetivo do aluno se conhecer mais e então, ser uma pessoa cada vez melhor.

Carolina Carvalho | ByNina



'Quando o amor é a condição para os nossos atos, não há outro resultado se não o bem.'
(frase citada pela minha amiga Roberta Gomes, em uma das nossas conversas sobre Yoga. Eu assino embaixo!)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

SUP YOGA - Tudo que você precisa saber - por Carolina Carvalho



INÍCIO

Comecei a praticar Stand Up Paddle (SUP) em 2011.
Foi amor a primeira remada!

Até então desconhecia o SUP YOGA. Remei muito, antes de começar.
No verão de 2012 para 2013 comecei a praticar ásanas e meditação em cima da prancha. Li algumas reportagens sobre SUP YOGA, mas todas de fora do Brasil. Mas por mais experiência que eu tivesse com Yoga, dou aula e pratico há 11 anos, senti necessidade de praticar sozinha antes, para depois elaborar uma aula.

Em março desse ano, em Balneário Camboriú, conheci uma amiga (Suelen Sandri) que tinha passado 2 anos na Austrália. Ela teve experiência com o SUP YOGA lá, e fiz uma aula com ela e mais uns amigos. Ela deu metade da aula e eu a outra metade. Identifiquei-me tanto que depois dessa experiência comecei a formar grupos e dar aulas.


A primeira aula que eu dei mesmo tinham pessoas participando de 13 a 68 anos.
Foi muito bom. Além dos ásanas, dei meditação, relaxamento e vocalização de mantras.
Naquele dia, naquela aula, tive certeza que era nisso que eu queria me dedicar.

Primeira prática de SUP YOGA (maio/2013)

Workshop SUP YOGA (agosto/3013)

COMO CONDUZIR UMA BOA PRÁTICA

Vou contar um pouco sobre uma experiência muito boa que tive com o Yoga. Dei aulas gratuitas de Yoga durante quase um ano pela ONG Vida Ativa, ligada a prefeitura de São Paulo, no parque da Sabesp, no ano de 2010. Estendi essa experiência de Yoga gratuita para a escola que eu dava aula, direcionada a pessoas que não tinham condições de pagar a mensalidade. Dar aula para pessoas de todas as idades, classes sociais e diferentes crenças e cultura foi enriquecedor. Eu precisava falar uma língua que todos entendessem, e adaptar a aula pra satisfazer tanto alunos mais flexíveis, quanto os com mais dificuldade.
Essa experiência foi fundamental para eu elaborar o modelo de aula de SUP YOGA que dou hoje.
Procuro simplificar o máximo a teoria, mas de forma que na prática, as pessoas entendam o que estão fazendo.

A primeira coisa que eu falo antes de entrar no mar é sobre a nova experiência que os alunos vão encarar. Como tudo que é novo e desconhecido acaba gerando uma certa ansiedade, e muitas vezes insegurança, imagina uma pessoa que nunca remou, nunca fez Yoga, e de repente vai encarar o equilíbrio em cima de uma prancha junto com os exercícios! O que reparei é que muita gente, ao subir na prancha pela primeira vez, tem dificuldade no equilíbrio por estar com as pernas bambas. Então eu falo que as pernas bambas não estão bambas porque a pessoa não tem equilíbrio, mas sim, porque está insegura.
Qual a primeira coisa que você sente ao levar um susto? Faltam as pernas!
O medo e a insegurança provocam isso. Quando o aluno toma consciência disso, cessa a insegurança e
melhora o equilíbrio na hora.

O SUP YOGA promove uma consciência corporal incrível.
Quanto mais confiança o aluno ganha no mar, nos exercícios, mais confiança ele tem nele mesmo.
Isso vai refletir fora da água, nas situações que temos que enfrentar diariamente na vida.

Uma boa aula tem que atender bem todos os alunos.
Mais de 10 alunos fica complicado se só tem um professor, pois todos têm que ver e ouvir as instruções para os exercícios, e o professor, por sua vez tem que estar atento para que os alunos façam as posições corretamente. É muito importante saber descrever o ásana (posição), não só executar e pedir que repitam. Como não dá para corrigir os alunos durante a aula indo até eles, a correção tem que ser oral e bem explicada. E orientar também sobre a respiração. Alternar os ásanas com exercícios respiratórios é muito bom.

Outra coisa que eu faço nas aulas é relaxamento. Mas esse só deve ser feito se o mar estiver bem liso, caso contrário ao invés de relaxar, os alunos se sentirão mareados. O mesmo vale para a meditação.

Gosto muito de vocalizar mantras, sempre traduzindo o que está sendo cantado e dou preferência por kirtans (cânticos) curtos ou a vocalização do Om. 
Os mantras dão uma descontraída na aula, provocam extroversão nos kirtans, ou introspecção nos japas, como o Om. Além disso promovem muitos outros benefícios se praticados regularmente.

Mesmo assim, para o aluno de SUP YOGA se beneficiar ainda mais da experiência, acho importante uma aula teórica sobre Yoga. Quanto mais o aluno compreender os objetivos da prática e assimilar a filosofia do Yoga, melhor. Praticar ambos seria o ideal. 

Mais imagens no FACEBOOK

DIFERENÇAS ENTRE O SUP YOGA E O YOGA

A maior diferença que eu vejo é que no Yoga, você faz a prática no chão, uma superfície estável. Já no SUP YOGA você pratica sobre a instabilidade do mar e o equilíbrio na prancha, dobrando o desafio. A vantagem é que tanto a consciência corporal quanto o equilíbrio, por serem mais exigidos, acabam trazendo resultados mais rápidos do que com o praticante de Yoga.

Já a meditação é mais complicada no SUP YOGA, pois a instabilidade do mar pode, nesse caso, prejudicar a concentração durante um período mais longo. Por outro lado, nos exercícios, onde a permanência é menor e a concentração é mais exigida, há um equilíbrio, o que então facilita muito o aluno a desconectar dos pensamentos e problemas internos e focar mais ainda na aula.


Quanto mais experiência o professor tiver, melhor vai ser a aula.
Mas não basta também ser um ótimo professor de Yoga e não ter experiência com o mar.
É preciso conhecer as correntes, os ventos e ficar atento ao clima. É preciso passar essa segurança para os alunos e saber como proceder caso um vento forte ou correnteza comece durante a aula.



Entrevista para o Jornal Mundo Pop de Balneário Camboriú


INDICAÇÕES
- qualquer pessoa que queira fazer uma atividade física diferente de tudo que já fez;
- surfistas que querem melhorar o desempenho nas ondas;
- praticantes de Yoga que querem aperfeiçoar suas técnicas.

BENEFÍCIOS
- aumento do equilíbrio, da concentração, da força muscular, da consciência corporal;
- aumento da capacidade respiratória;
- conexão com a natureza, relaxamento, redução do estresse;
- autoconhecimento, motivação, superação que levam ao aumento da autoconfiança e autoestima.

O praticante tem que em primeiro lugar, gostar do que está fazendo. 
O maior benefício é justamente esse. 
Fazer a aula com amor, dedicação e sair dela de alma lavada.


Carolina Carvalho (ByNina)

CONTATO para aulas e Workshops: bynina@hotmail.com

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

"EU SOU AQUILO" (por Sri Nisargadatta Maharaj)





"EU SOU AQUILO"  (TRECHO)
por Sri Nisargadatta Maharaj

Onde está a necessidade de mudar o que quer que seja? A mente está mudando de alguma forma todo o tempo. Olhe para sua mente desapaixonadamente; isso é o suficiente para acalmá-la. Quando ela estiver quieta, você pode ir além dela. Não a mantenha ocupada todo o tempo. Pare-a, e simplesmente seja. Se você der descanso à mente, ela se centrará e recobrará sua pureza e força. O pensar constante a faz decair.
Nada que você faça mudará a si mesmo, pois você não precisa de nenhuma mudança. Você pode mudar sua mente ou seu corpo, mas isso é sempre algo externo a você que foi mudado, não você mesmo. Por que se importar com toda essa história de mudança? Realize de uma vez por todas que nem seu corpo, nem sua mente e nem mesmo sua consciência é você e mantenha-se de pé sozinho em sua verdadeira natureza além da consciência e inconsciência. Nenhum esforço pode levá-lo lá, somente a clareza do entendimento. Não tente reformar a si mesmo, simplesmente veja a futilidade de toda mudança. O mutável mantém-se em mutação enquanto o imutável espera. Não espere que o mutável o leve ao imutável – isso jamais acontecerá. Somente quando a própria ideia de mudança é vista como falsa e abandonada, o imutável pode surgir.
As atividades da maioria das pessoas é sem valor, senão destrutiva. Dominado pelo desejo e medo, eles não podem fazer qualquer coisa de bom.
Os gurus estilizados falam de madurez e esforço, de mérito e aquisições, de destino e graça; tudo isso é mera formação mental, projeções de uma mente viciada. Ao invés de ajudar, eles obstruem. Não corra para a atividade. Nem aprendizagem nem ação podem realmente ajudar.
Não é o que você faz, mas o que você para de fazer que importa.
A atividade não é ação. Ação é oculta, desconhecida, inconhecível. Você pode somente conhecer o fruto. Ação não leva à perfeição; perfeição é expressa na ação. Há uma diferença entre trabalho e mera atividade. Toda a natureza trabalha. Trabalho é natureza. Natureza é trabalho. Por outro lado, a atividade é baseada no desejo e no medo, no desejo de possuir e desfrutar e no medo da dor e aniquilação. Trabalho é pelo todo para o todo, atividade é para si mesmo e por si mesmo.
Sua mente está estagnada nos hábitos de avaliação e aquisição, e não admitirá que o incomparável e o inobtível estão esperando eternamente dentro de seu próprio coração por reconhecimento.Tudo que você tem a fazer é abandonar todas as memórias e expectativas. Apenas mantenha-se pronto em total nudez e vazio.  Não faça nada, apenas seja. Apenas sendo tudo acontece naturalmente. Seja nada, saiba nada, tenha nada. Esta é a única vida que vale a pena ser vivida, a única felicidade que vale a pena ter.
Você não pode fazer nada. O que o tempo traz, o tempo levará embora. Este é o fim do Yoga, realizar independência. Tudo o que acontece, acontece na e para a mente, não para a fonte do “Eu sou”. Uma vez que você realize que tudo acontece por si mesmo (chame a isso destino ou vontade de Deus, ou mero acidente), você permanece como testemunha somente, compreendendo e apreciando, mas nunca perturbado. Você é responsável somente pelo que você pode mudar. Tudo que você pode mudar é sua atitude. Aí mora a sua responsabilidade.
(FONTE: Dharmalog)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Stand Up e Yoga




Stand Up e Yoga – primeiras impressões

Aliar as 2 atividades físicas que eu mais gosto numa só foi um desafio.
Pratico Yoga há 10 anos e Stand Up comecei 2 anos atrás. E como o segundo exige praia, não é uma coisa que eu possa fazer todo dia, já que moro em Curitiba. Também não tenho ainda a prancha, mas sempre que vou para praia alugo para praticar.
Antes de praticar o Yoga no SUP, treinei bastante só as remadas. Inclusive na Praia Grande, em um dia que tinha onda. A ondulação forte exigiu muito equilíbrio.
Minha primeira experiência juntando os dois foi uma lição. Fui praticar na Praia do Trapiche, na Penha, onde o mar é uma lagoa. Comecei com posições mais fáceis, sentada, e aos poucos fui me soltando e treinando outras que exigiam mais equilíbrio e muita concentração. O Yoga no SUP exige o dobro. A instabilidade do mar é um grande desafio, mas isso é uma vantagem, porque a concentração acaba aumentando muito, e eu realmente perdi a noção do tempo e das condições do mar. Não percebi a correnteza até ver que estava bem próxima de um costão de pedras e bem mais para o fundo de quando comecei os exercícios. A remada da volta foi difícil. Então é muito importante observar o vento, maré e correnteza.
Já a segunda vez foi bem melhor. Pratiquei em Balneário Camboriú, na Barra Sul, onde o mar é bem tranqüilo e mais protegido.
A sensação de paz e o visual que a praia proporciona já valem a experiência.
Dessa vez fiz uma aula completa, com vários tipos de alongamentos, trabalhei todos os músculos e até arrisquei a invertida sobre a cabeça (a conhecida bananeira), mas não consegui ficar mais que 5 segundos nessa posição.  Mais uma vez perdi a noção do tempo e fiquei pelo menos 1 hora praticando, que pareceu não mais que 15 minutos.
O Stand Up Paddle por si só já é um esporte super completo. Para manter o equilíbrio, tanto as pernas como o abdômen são super exigidos, e na remada o braço é bem trabalhado também. Sozinho ele já produz uma sensação de paz e até desafio. Muita gente faz travessias longas por costões, onde a natureza fica ainda mais exuberante.
O mais legal é que não é difícil, como muitos pensam. Tanto crianças como adultos e até pessoas da terceira idade são vistas praticando diariamente em Balneário.
Para quem se interessar, segue onde praticar.
Recomendo ambos, pois são Escolas com profissionais especializados que ensinam como começar e o atendimento é excepcional:

Na Penha tem a Escola de Surf da Praia Grande.
Contato: (47) 8855 6852 ou (47) 9125 0040
Preços sob consulta.



Em Balneário Camboriú pratique no Santo Vento Beach Club.
Fica na Avenida Atlântica – 5.280
Contato: (47) 3367 6854 (ESCOLA) e (47) 3367 4721
E-mail: santovento@santovento.com.br
Além das aulas de Stand Up tem Windsurf.
O preço das aulas é:
STAND UP: R$ 35,00 a hora
WINDSURF: R$ 80,00 a hora
Para vocês leitores do blog o Santo Vento preparou um pacote especial de Stand Up Paddle: 5 aulas por R$ 125,00




O Santo Vento ainda conta com um restaurante diferenciado, com Buffet por kg no almoço, a noite ainda  rola um japonês de primeiríssima qualidade. Recomendo também o açaí que é único!



Quem tiver interesse em praticar SUP Yoga entre em contato comigo. Um professor é fundamental para orientar a prática e evitar lesões.
Contato: (41) 8885 1278

ALOHA OMMMM!

Carolina Carvalho
(ByNina)

DICA: É recomendável agendar horário, principalmente agora na temporada. Ambas as escolas tem muita procura. 




FOTOS: SUP | YOGA





 

terça-feira, 8 de maio de 2012

sábado, 29 de outubro de 2011

Analogia para entender o YOGA





Concentre-se. Feche os olhos. 
Imagine como seria a casa dos seus sonhos. 
Não pense em dinheiro, ou custos. Nesse exercício, isso não é relevante.
Pense em cada detalhe da casa. 
As paredes, as portas, as janelas, o telhado. 
Visualize também o jardim, as plantas, flores e também o lugar dessa casa: seria numa cidade, num campo, numa praia, nas montanhas?
Deixe a sua imaginação tomar conta de você...


Pronto. Você já tem a casa dos sonhos memorizada na sua mente.
Pense que você fez esse pequeno exercício em grupo, e que a próxima etapa seria compartilhar o que cada pessoa imaginou.
Com certeza, serão muitas casas diferentes, com diferentes paisagens e em diversos lugares.


Agora imagine que a partir de agora você vai começar a construir a sua casa.
Você precisará de materiais e ferramentas. 
Então vamos substituir as seguintes palavras:
CASA por YOGA,
MATERIAIS por CORPO / MENTE e 
FERRAMENTAS por  EXERCÍCIOS.


Para construir a casa dos seus sonhos, você precisará saber usar os materiais da melhor forma possível. Mas para isso você precisará dominar o uso das ferramentas.


As ferramentas são a prática de Yoga em si, com os exercícios corporais, respiratórios, de concentração, meditação e relaxamento. Eles tem por objetivo, a consciência corporal, a melhora do condicionamento físico, a saúde, e principalmente o autoconhecimento. Os exercícios te darão a possibilidade de usar o seu corpo e mente, da melhor forma. 


Os materiais, ou o corpo/mente, como aqui me refiro, também são diferentes de pessoa para pessoa, mas com muitas coisas em comum.
Você imaginou os "materiais" da casa, diferente dos materias das outras pessoas. Mas mesmo assim, toda casa tem um piso, tem portas, janelas e um telhado. Todo corpo também possui a mesma anatomia, porém, cada pessoa "funciona" diferente.


Se, então, o Yoga, é a casa dos teus sonhos, como podem alguns tipos de YOGAS (ou casas, nessa analogia que está sendo feita), dizerem que a casa deles é a melhor, é a ideal, e é a que você deve "morar"?


Muitas pessoas achariam mais fácil mesmo, não pensar num modelo ideal de casa, e adquirir algo pronto e acabado. Assim também ocorre com o Yoga. Muitos preferem não pensar, não estudar, e simplesmente aceitar tudo que é dito. Só que no Yoga, a pessoa estará lidando com suas escolhas, suas emoções, a sua verdade (autenticidade). 
O professor deve ensinar a usar as ferramentas, respeitar cada material, e por fim deixar que o aluno  construa a sua própria casa.


Por isso quando me perguntam que LINHA de Yoga eu ensino, respondo que ensino YOGA, apenas. Sigo o meu coração. 
Muitas pessoas usam o Hatha Yoga como linha genérica. Por acharem que precisam denominar o Yoga, com um método específico, usam o mais popular. 
Não sou contra nenhum método, ou linha de Yoga. 
Só sou contra quem ao invés de ensinar o praticante a pensar, faz com que ele sempre obedeça o que lhe é imposto. Até porque, quem faz isso, não está ensinando Yoga.


Yoga é uma filosofia de vida, que com o uso correto das inúmeras ferramentas que possui, vai fazer com que o praticante conheça a si mesmo; e desfrute de todos os seus potenciais com consciência, a fim de maximizar o que há nele de melhor.


(Esse texto surgiu na minha cabeça na forma de um sonho que eu tive alguns dias atrás, onde eu dava aula para os meus alunos, explicando essa analogia. Quando acordei, pensei a respeito e hoje escrevi, seguindo a ideia original do sonho).


Carolina Carvalho
By Nina



terça-feira, 13 de setembro de 2011

Jalaluddin Rumi - Pensamentos


"Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode isto ser segredo para ti?

Finalmente, foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo - um punhado de pó -
vê quão perfeito se tornou!

Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu."


"Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
e reflete, como a mina de rubis,
os raios de sol para fora de ti.

A viagem conduzirá a teu ser,
transmutará teu pó em ouro puro."



"Sofreste em excesso
por tua ignorância,
carregaste teus trapos
para um lado e para outro,
agora fica aqui.

Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu."

"Não temos nada além do amor
Não temos antes, princípio nem fim.
A alma grita e geme dentro de nós:
- Louco, é assim o amor.
Colhe-me, colhe-me, colhe-me!"

"Olhe para seu próprio coração", diz o Sufi, "pois o reino de Deus está dentro de você".
Aquele que realmente conhece a si mesmo conhece a Deus, pois o coração é um espelho no qual cada qualidade divina se reflete. Mas, assim como um espelho de aço , quando coberto de ferrugem, perde seu poder de reflexão, também o sentido espiritual interior, que os Sufis chamam  de olho do coração, é cegado para a glória celestial até que a escura obstrução do eu perceptivel, com todas as suas contaminações sensoriais,seja inteiramente limpa. A limpeza, se for feita efetivamente, deve ser trabalho de Deus, embora demande certa cooperação interior da parte do homem."

"A inspiração que você procura já está dentro de você.
Fique em silêncio e escute."






BIOGRAFIA

Mevlana      Jalaluddim     Rumi     nasceu    em   Balk,   antiga   Pérsia   e  atual   Afeganistão,     em setembro   de   1207.   Seu   pai,   Bahauddin   Walad,   foi   um   dos   maiores   eruditos   de   seu tempo, conhecido como Sultan Ulema, o Sultão dos Sábios e teve influência decisiva naformação de Rumi. Na iminência da invasão mongol, Bahauddim migrou ao longo de alguns anos com sua família. Durante essa peregrinação, Rumi - em sua infância e adolescência - presenciouo encontro de seu pai com grandes mestres do Sufismo, como Faraddudim Attar. Havia uma disputa entre os sultões e califas pela presença de seu Pai. Todos queriam construir Madrassas   (escolas)   para   acomodar   Bahauddin   e   sua   família,   e   manter   em suas   cidades   esta   grande   eminência.   Mas  foi   em   Konia,   na   antiga   Anatólia   e   atual Turquia, que Bahauddim e sua família se estabeleceram. Rumi passou por uma formação clássica que abrangia todas as áreas de conhecimento Islâmico. Ele estudou Gramática, Jurisprudência, Comentário Corânico, as tradições do Profeta,  Teologia,  Filosofia, Matemática,  Astronomia,  e  foi   introduzido  ao conhecimento e prática do caminho Sufi. Foi enviado por seu pai às melhores escolas e logo, passou a ser reconhecido pela profundidade e brilhantismo de sua compreensão.Com      a  morte    de   seu   pai,  Rumi     assumiu     a  sua  madrassa      aos   24   anos.   Ele   erareverenciado por todos seus discípulos, e a população em Konia o chamava de Mevlana(nosso mestre). Para   compreender   melhor   a   influência  de   Bahauddim   sobre   Rumi,   segue   abaixo   um trecho de seu livro, o Maarif:
“Se   Deus   diz   ‘Nós’,   significando   EU   SOU,   então   qualquer   pronome   que  eu  utilize   se   torna   supérfluo.   As   designações   caem   como   pétalas.   A   sabedoria vem   e   eu   sinto   tamanho   deleite   a   me   transbordar,   que   temo   perder   meus sentidos   frente   a   isto.   Eu   digo   a  mim   mesmo:   amante,   amado   e   os   outros caminhos do amor não são uma única coisa? Da   mesma   forma   com   os   atributos   Divinos   e   os   seres   humanos,   existe   a unidade no Amor. No coração não existe espaço para diferenciação, somente unidade   e   o   Amado.   Eu   desistiria   de   livros   e   posses,   das   minhas   virtudes   e reputação, tudo por um único momento dentro desta presença.”
Após   a   morte   de   Bahauddim,   seu   antigo   discípulo   Burhaneddin,   veio   a   Konia   paracompletar o treinamento de Rumi. E durante muitos anos, mesmo mantendo a madrassa
e   seu   papel   na   comunidade,      Rumi     devotou-se     a  Burhaneddin      e  já  demonstrava      o desenvolvimento do elemento que iria tornar-se central em sua vida, a compreensão dopapel   do   Mestre,   Amigo   e   companheiro   de   Jornada   como   reflexo   da   Perfeição   e   do Amor Divino. Após a morte de Burhaneddin, sentindo-se maduro, Mevlana assume integralmente seu papel   na  madrassa   como   Mestre,   e   sua   fama   e  renome   espalham-se   para   além   das fronteiras de Konia. E então surge Shamsuddim Tabriz, o homem que iria transformar Mevalana Jalaluddin Rumi   no   mestre   que   renovou   o   caminho   místico   e   influenciou   outros   professores   e escolas além das fronteiras do Sufismo ou do Islã. Shams continua sendo uma figura enigmática,   a   quem   muitos   atribuem   diversas  origens   e   lendas.   Alguns   o   associam   à tradição Ismaelita e sua forte influência Persa, outros aos Malamati, grupo Sufi que foi chamado de Povo da Culpa por seu comportamento pouco. Mas isto é apenas conjectura, pois naquela  época, o Sufismo ainda apresentava muita vivacidade      e  liberdade   e  ainda   não   havia    sido  formatado     em   escolas,   ordens    ou linhagens,   fenômeno   que   demorou   um   século   para  acontecer.   Os   mestres   e   dervixes peregrinavam   pelas   cidades   mesclando   conhecimentos   e   interagindo   de   forma   mais livre.   As  Madrassas      e  outras   instalações    serviam-lhes     de  acomodação,      mesmo     se fossem dirigidas por outros mestres. Por causa dessa mescla tornou-se possível o resgate das tradições antigas e o florescimento de um conhecimento novo.
Na época de Rumi o caminho Sufi era dividido basicamente em duas linhas. A primeira,
chamada   de   caminho   dos   sóbrios,   com   origem   nos   primeiros   Sufis   de   Bagdá,   que
prezava     o  caminho    do   conhecimento      e  auto-controle    e  tentava   manter-se    em   bonstermos   com  a   ortodoxia.   Este   caminho   está  geralmente associado ao nome do grandemestre Junayd, e tem em figuras como Al Gazalli um exemplo posterior. O   outro   caminho,   conhecido   como   caminho   dos  “Loucos   de   Deus”,   ou   bêbados,   está associado aos grupos de Basra e ao nome de Bayazid Bistami, e tem em Al-Hallaj, que foi sentenciado à morte, um expoente posterior. Rumi já havia percorrido o caminho dos sóbrios e vinha vivendo de acordo com seus preceitos.   Porém,   a   partir   de   seu   encontro   com   Shams,   ele   descobre   a   dimensão   do Amor, um estado tão celebrado pelos “Loucos de Deus”. Mas é importante ter em mente que Rumi e Shams não devem ser associados com um ou outro destes caminhos. Shams era um sufi solitário e selvagem, que desdenhava da incompletude daqueles que se aprisionavam a qualquer dos dois caminhos. Um mestre, para ser digno desse título, deveria aniquilar-se na verdade e queimar suas concepções a respeito do caminho místico. Shams, que em persa significa Sol, buscava um companheiro que compreendesse seu ardor, e se transformasse ele também, em fogo. E para que Rumi pudesse atingir sua plenitude,   ele   precisava   queimar,   tornar-se  um   sol.   É   o   próprio   quem   Rumi   diz:   “Eu estava cru, e quando encontrei Shams fui cozido e me consumi”.
Mevlana, como no trecho do Maarif citado acima, abandonou os livros, o estudo, seus discípulos e reputação para mergulhar na presença de Shams.
É nesta época que Rumi é introduzido aos Giros e às cerimônias de Zikr, e de sua madrassa começa a transbordar a música e poesia. Mas da mesma forma com que surgiu, Shams some repentinamente, deixando Rumi ser consumido   no   fogo   do   Amor   e   da   Saudade   que   ele   o   havia   apresentado   e   que   sua separação abrasava. É de seu desespero que brotam suas poesias, que lamentam a saudade e a separação do Amigo que havia se tornado o espelho para sua alma, e em cujos olhos ele contemplava o Amor que buscava.
Rumi enviou discípulos e o próprio filho em busca de Shams, apelando por sua volta. E
quando   seu   filho   retorna   com   Shams,   novamente   eles   mergulham   em   seus   mistérios,transformando   um   ao   outro.   Mestre   e   discípulo,   amante,   amado   e   amigo,   todos   oslimites se consomem na plenitude da Presença divina. A morte de Shams também está envolta em mistérios e alguns autores sugerem que ele tenha    sido  assassinato    por  discípulos   invejosos.   Depois    da  morte   de  Shams,    Rumi mergulha na saudade novamente e se deixa consumir por inteiro. Mas desta vez emerge pleno na compreensão de que a separação é somente um véu, imposto pelo próprio ser humano   que   insiste   em   perpetuar   sua   cegueira   e   ignorância.   Ele   vê   que   a   luz   que contemplava em Shams era a Luz da Presença Divina em si, e também a Luz de sua própria   Essência.   Nesta   transformação,   Mevlana   pode   contemplar   a   própria   realidade como expressão da unidade, que revela eternamente a beleza e perfeição divinas. É deste processo que nasce toda sua arte. Nasce também o caminho que ele incita o ser humano a percorrer, composto da busca pela compreensão da potencialidade humana e das amarras que o aprisionam aos níveis mais baixos da expressão do seu eu. Esta é a parte crucial de seu legado, que muitas vezes é ignorado devido à apreciação meramente poética e superficial de seu ensinamento.
Mas   se   Mevlana   acusa   com   rigor   e   indignação,   também   instrui   e   orienta.   Ele   traz   a recordação da real dimensão pessoal e também de sua total potencialidade. Ele agita as almas     a  romperem     os  grilhões   que   as  aprisionam,    abrasando     os  corações    com    arecordação do verdadeiro amado. Rumi     penetra    na  taverna    dos  amantes     compartilhando      o  vinho   do   amor    divino, declarando as belezas e perfeição do Amado. Mas esta dimensão não deve ser associada com os êxtases que levam à perda de consciência, ou à dimensão dos “loucos de Deus”, que   tanto   atiçam  as   fantasias   dos   aspirantes nessa   jornada.   Na   presença   de   Deus   esta embriaguês nada mais é que a sobriedade última da contemplação de Sua Face. Por isso, Rumi declara ser necessária maturidade para trilhar o caminho do Amor, assim como para aprender os segredos do Giro. Pois mesmo ele, só foi iniciado nestes mistérios após longos anos de treinamento e transformações. Para   se   aproximar   de   seu   ensinamento   é  necessário   penetrar   no   real   significado   do caminho que ele apresenta. Mas, o real significado deve ser buscado muito além de uma apreciação superficial. Ibn Arabi, um Sufi reconhecido como um dos maiores místicos da História e cujo enteado e discípulo, Sadruddin Konevi, foi amigo de Rumi, diz: “O místico   não   pode   indicar   sua   dimensão   a  outros   homens;   ele   pode   apenas   indicá-la simbolicamente para aqueles que começaram a experimentá-la por si próprios”. Esta trajetória não se limita a leituras e aquisição de conhecimento, seja intelectual ou poético.   É   necessário   que   haja   uma   transformação   que   nasce   a   partir   do   esforço   em mudar a si mesmo e desenvolver as suas potencialidades latentes. A morte de Mevlana aconteceu em 17 de Dezembro de 1273, e segundo as descrições “transportaram seu corpo através da cidade, o povo e os nobres descobriram a cabeça, mulheres, homens e crianças assistiram ao seu enterro. Estavam presentes membros e discípulos de comunidades e nações distintas - cristãos, judeus, turcos, árabes e gregos - cada qual com seu livro sagrado. Leitores do Corão liam belos versículos, os sacerdotes rezavam as preces da ressurreição com voz melodiosa, grupos de músicos recitavam e cantavam versos e canções compostos por Mevlana.” Mas para Mevlana a morte é o dia do retorno ao Amado, e deveria ser celebrada como o casamento   da   alma   com  Ele.   Em  suas   próprias   palavras:   “Prazerosos,   alegres,   ébrios, aplaudamos o encontro final com o Amado”. Além      do   Mathnavi,     sua   maior   obra,   ele   deixou    poesias    que   foram    copiladas posteriormente, sendo a mais famosa, o Divan. Rumi também escreveu o Fihi-ma-Fihi que    é   uma    compilação      de   aulas   e  ensinamentos      sobre    diversos    temas    dirigidos diretamente a seus discípulos.
O    impacto    de   sua  obra   exerceu    transcendeu     os   limites   do  Sufismo     e  do  Islão.   A universalidade e humanismo de suas idéias e posturas foram responsáveis por reunir à sua volta discípulos de todas as religiões e tradições. Após sua morte, seu exemplo e conhecimentos foram perpetuados, influenciando não apenas todos os grandes místicos da história, mas artistas, filósofos e pensadores. O    que   distingue    sua  poesia    e  idéias,  bem   como     sua   trajetória  pessoal,    é  a  forma apaixonada       com   que   buscou,    nas   expressões   da    Beleza    e  do   Amor,    os  elementos intrínsecos da relação do homem com o Criador e com a própria criação. Rumi busca esta Beleza na música, no Giro dervixe, na poesia e em toda forma de arte, mas principalmente na própria vida. Mevlana   é   o   poeta   do   Amor,   mas   de   uma   forma   de   amor   que   não   está   baseado   em fantasias   e   ilusões,   mas   na   luta   desesperada   e   apaixonada   da   alma   em   encontrar   a Verdade. E nessa luta é possível atingir a compreensão de que tudo o que separa a alma de   seu   objetivo   é   a   própria   incapacidade  do   ser   humano   em   atingir   sua   plenitude. Somente   após   remover   os   véus   causados   pela   própria   cegueira   é   que   será   possível penetrar   nesta   saudade   e   amor,   que   faz   girar   o   universo,   eternamente   inebriado   pela beleza e perfeição.


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Carolina Carvalho
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