segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
O Amor | Por Fábio de Melo
Há pessoas que nos roubam… Há pessoas que nos devolvem.
A presença do outro nos indica o que somos.
Relações saudáveis são relações que nos devolvem a nós mesmos – e, o melhor, devolvem-nos melhorados.
O amor talvez seja isso. Encontro de partes que se complementam, porque se respeitam. E, no ato de se respeitarem, ampliam o mundo um do outro.
Ninguém é tão completo que seja capaz de preencher totalmente as necessidades do outro.
Não me leve de mim. Leve-me até mim.
Quero apenas que você me reflita. Melhor do que julgo ser. (…) Pra ser capaz de amar também. O que só você amou.
Só quem é dono de si pode oferecer-se aos outros sem tantos riscos de se perder no outro.
O amor não pode ser cego. Caso contrário, ele nos coloca no cativeiro, gera privações.
O amor só acontece quando deixamos de imaginar.
O que gostamos no outro é o que sobra do encontro que realizamos com ele.
Uma coisa é certa: nós sabemos quem somos, mas os outros nos imaginam.
Paixão é uma forma de visão turva. Vemos e, no fascínio do que vemos, imaginamos.
Amor só vale a pena se for para ampliar o que já temos.
Amar é aceitar o desafio de ver o que a multidão não viu.
Sinto falta de você. Mas o que sinto falta é de tudo o que é seu e que me falta.
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