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quarta-feira, 28 de março de 2012

A NINA PIRA NO AMOR




O objetivo do meu PROJETO INVERNO, como já falei, é ficar não só sarada de corpo, mas de alma também. No meu desafio, nem sequer mencionei o quesito AMOR, relacionamentos e afins. 
E hoje me peguei filosofando em pensamentos sobre o assunto. AMOR...
Não mencionei isso, porque meu objetivo é comigo mesma, e em coisas que dependem somente de mim. Cuidar do corpo, ter hábitos mais saudáveis e parar de fumar eram as prioridades, quando comecei meu projeto. Depois de perder meu trabalho, incluí mais um item bem importante: um novo trabalho e que eu goste. Porque é impossível ser feliz, passando a maior parte do dia em um trabalho que você odeie. Saúde sempre em primeiro lugar.
E por mais que arranjar trabalho pareça não depender só de mim, estou correndo atrás. Pois esse quesito depende sim do estar bem comigo mesma.

Então comecei a pensar no amor.
E vi o quanto amadureci.
Passei fases da minha vida em que ter alguém era muito importante. 
Não conseguia ficar sozinha muito tempo.
Depois do fim do meu último casamento essa urgência passou.
Estou mais serena do que nunca. Adoro a minha companhia. 
Claro que as vezes faz falta ter um amor. Mas aprendi que sair em busca de alguém é roubada. 
Amor simplesmente acontece. Mesmo sabendo disso quase desde sempre, agora coloco também em prática. Aprendi. E tive que cometer o mesmo erro mais de uma vez para agir da maneira certa.

Eu também me analiso muito, e sei que cometi erros em todos os relacionamentos que tive. Afinal, para um relacionamento terminar, ninguém tem culpa sozinho. Quem vem com essa de culpar o outro por tudo que deu errado está assinando a própria sentença de culpado. Nesse caso, de mais culpado. E pior, vai continuar cometendo os mesmos erros.

O que posso dizer de todas as experiência que tive, e do que aprendi com elas, é que para um relacionamento dar certo é preciso que os dois queiram as mesmas coisas.
Se você quer algo sério, e ele não, não perca tempo querendo que ele mude de ideia. Parta pra outra. 
Por isso diálogo é fundamental. Você tem que saber onde está pisando.
Se os dois querem algo sério, mas ele não quer ter filhos e você sonha com isso, parta pra outra. 
Não abra mão dos teus sonhos para se arrepender mais tarde. 
E isso é coisa séria.
E se você está no relacionamento dos sonhos, com tudo fluindo tão bem que parece mentira e de repente ele resolve algo que você é totalmente contra, e que vai te afetar de algum modo, como morar fora, entrar para um negócio de risco, ou qualquer outra coisa que vá contra tudo que você acredita, preste atenção. Decisões grandes precisam ser tomadas pelo casal. Porque depois de feito sem o consentimento de uma das partes, pode não ter mais volta.
Todo casal precisa abrir mão de alguma coisa, para agradar o outro.
Só que aí existem dois extremos: a pessoa que abre mão de tudo por "amor" e se anula, perdendo todo o amor próprio. E a pessoa que não abre mão de nada. 
Ambos os casos são fatais.

O que mata um relacionamento nem sempre é a falta de paixão.
O que mais mata um relacionamento são as diferenças. Essa história de que os opostos se atraem pode funcionar numa paixão. Jamais em um relacionamento duradouro. Porque quando a paixão acaba, o que vai consolidar a relação e se transformar em amor é justamente os pontos em comum, o diálogo, os planos. Os pontos em comum mais importantes são os valores, o caráter, as crenças, o modo de ver o mundo, gostar de frequentar os mesmos lugares. Pelo menos para mim. Eu não conseguiria ter um relacionamento com uma pessoa que não valorizasse a família, que não gostasse de praia e que não soubesse conversar.

E ainda não falei do óbvio: além do companheirismo, tem a sinceridade, a fidelidade, o carinho. Mentira acaba com a confiança, e sem confiança nenhum relacionamento sobrevive.

Sempre fui movida a paixão. 
E isso muitas vezes me custou caro.
Minha impulsividade já me atrapalhou muito. 
"A pressa é inimiga da perfeição" é um ditado tão óbvio e verdadeiro, que ignorei.
Mas sei também que na vida não podemos abrir espaço para arrependimentos. 
Quantas vezes escuto alguma amiga dizer que não deveria ter ligado pra A, ou ficado com B ou casado com C, ou ter traído o D. 
O que passou não tem mais volta. 
O problema é ouvir a mesma pessoa, reclamando das mesmas coisas pela segunda, terceira, quarta vez.

Minhas experiências, felizes e tristes, me levaram a ser quem eu sou hoje.
Sinto falta sim de estar apaixonada, de sentir aquele frio gostoso na barriga!
As vezes parece que travei, que vai ser difícil me abrir de novo para alguém.
Mas esse alguém vai ter que me conquistar. Falta atitude nos homens muitas vezes porque as mulheres não dão chance para isso acontecer. E acho uma delícia ser paparicada!
Já vi muito relacionamento começar devagar e dar certo, sem precisar daquela loucura frenética da paixão.
Mas independente de tudo que vivi, e romântica do jeito que sou, ainda acredito e muito no amor. 

By Nina


É Preciso Aprender a Amar

Que se passa para nós no domínio musical? Devemos em primeiro lugar aprender a ouvir um motivo, uma ária, de uma maneira geral, a percebê-lo, a distingui-lo, a limitá-lo e isolá-lo na sua vida própria; devemos em seguida fazer um esforço de boa vontade — para o suportar, mau-grado a sua novidade — para admitir o seu aspecto, a sua expressão fisionómica — e de caridade — para tolerar a sua estranheza; chega enfim o momento em que já estamos afeitos, em que o esperamos, em que pressentimos que nos faltaria se não viesse; a partir de então continua sem cessar a exercer sobre nós a sua pressão e o seu encanto e, entretanto, tornamo-nos os seus humildes adoradores, os seus fiéis encantados que não pedem mais nada ao mundo, senão ele, ainda ele, sempre ele.
Não sucede assim só com a música: foi da mesma maneira que aprendemos a amar tudo o que amamos. A nossa boa vontade, a nossa paciência, a nossa equanimidade, a nossa suavidade com as coisas que nos são novas acabam sempre por ser pagas, porque as coisas, pouco a pouco, se despojam para nós do seu véu e apresentam-se a nossos olhos como indizíveis belezas: é oagradecimento da nossa hospitalidade. Quem se ama a si próprio aprende a fazê-lo seguindo um caminho idêntico: existe apenas esse. O amor também deve ser aprendido. 
 (Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência")

5 comentários:

  1. Nina...quanta intensidade, quanta transparência...que texto lindo, puro e sem rodeios!
    Falou com a alma. Não sei como foi pra escrever, mas a sensação que me deu foi que as palavras foram surgindo numa cadência perfeita...

    Olha, pensamos de forma muito parecida.
    Um amor, da mesma forma que vai, vem...criar expectativas não é, como vc mesma disse, o caminho! Tudo flui como a vida permite que aconteça...no tempo certo!
    Continue acreditando no amor, querida!!! Tem muita coisa linda reservada pra você nessa vida...tenho certeza! É a lei da atração!

    Beijinhos!!!!

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  2. "Os opostos de distraem e os dispostos se atraem..."

    Lembrei d'O Teatro Mágico ao ler tua postagem...

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  3. É isso aí...temos que cuidar do coração também...sempre!

    E dá-lhe Nietzsche!!

    []s

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  4. Carolina, concordo com vc em tudo que disse.
    Mas, olha, só com a maturidade a gente compreende essas coisas... quando a gente tem 20 e poucos anos, a gente acha que o amor é uma coisa que, na verdade, não existe. A gente idealiza muito.
    Idade faz bem.
    Beijos e sucesso com o blog.

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  5. Obrigada pelos comentários, pessoas!!!
    Idade faz bem mesmo!
    Vivendo e Aprendendo!
    Bjoos =)

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Obrigada pela visita!

Nina