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domingo, 27 de março de 2011

Siga o guru que há em você



Desde o início dos tempos, as pessoas procuram um caminho espiritual que leve à felicidade e a salvação, trazendo um conforto para todos os males da existência humana.
Hoje, há uma proliferação de “gurus”, mestres que se dizem iluminados ou muito sábios. Eles estão em toda a parte, em igrejas, templos místicos e até em livros de auto-ajuda.
Todos esses gurus têm algo em comum, usam as mesmas palavras mágicas para atrair seus fiéis: amor, compaixão, solidariedade e assim por diante.
Mas o que há de errado nisso, se a pessoa que é seguidora, sente-se bem e encontra conforto com belas palavras?
Esse sentimento bom é como uma embriaguez. É temporário. Pois o fiel seguidor depende do guru para sentir-se bem. Ele já não sabe mais fazer isso sozinho. É um vício. E nenhum vício é saudável. Nenhum fanatismo é digno de respeito.  
Todos sabem que não se deve matar, roubar, mentir ou trair.
Todos sabem que se deve amar, respeitar, perdoar e ser verdadeiro.
Isso é universal. E serve de alicerce para qualquer guia espiritual.
Claro que no meio de todo esse caos existem muitas pessoas bem intencionadas. São pessoas que orientam, que aconselham, mas de um jeito em que a pessoa seja conduzida de forma a entender a si mesmo, e não moldá-la de acordo com as regras de um suposto guru.
Para começar, as pessoas estão cada vez mais distantes da sua essência. Estão perdidas no mundo, procurando respostas, como se essas miraculosamente viessem de fora.
Seguir um guru é tornar-se o mesmo, vivenciando ideias que não são próprias, seguindo conselhos que não são seus.
É criada uma fantasia preenchida pelo guru, e ao mesmo tempo há um esvaziamento do si mesmo.
A partir do momento que o ser humano descobrir que a salvação está dentro dele, a partir do momento que ele tomar consciência de que tudo que está dentro trabalha ao nosso favor, e que ele não precisa de ninguém para seguir, mas de alguém somente para orientar, sem cobranças, sem imposições.
A partir desse momento, o ser humano tornar-se-á livre.
Essa é a descoberta de Deus dentro de si mesmo. De um Deus não dualista, como pregam a maioria das religiões e seitas.  É a descoberta de um Deus universal, cuja morada é o coração humano.
A filosofia do Yoga ensina isso. Ela traz esse resgate ao si mesmo, fazendo que o ser humano se expresse com autenticidade, sendo quem ele realmente é em sua verdadeira essência.
Para isso é preciso uma integração entre corpo, mente e coração.
O corpo corresponde ao consciente.
A mente corresponde ao sonho, à imaginação.
O coração é o inconsciente, a intuição, ou morada da verdade.
São aspectos diferentes do eu, mas que trabalhando em sintonia, possibilitam o autoconhecimento.
Seja o guru de você mesmo. Seja o protagonista da sua vida.
Siga seu coração. Esse é o caminho!

“Há mestres tão iluminados, que acabam por cegar os seus discípulos.”

ByNina

(conclusão do primeiro módulo do curso de Yoga Sutras, com o Professor Carlos Eduardo G. Barbosa)

Um comentário:

  1. Boa postagem. Há Mestres e mestres, para todos. Os Mestres de verdade vêm para nos ajudar a encontrar o caminho, ou ensinar aprendizados de práticas importantes para nós. Assim percebo. Obrigada!

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Obrigada pela visita!

Nina