Tudo começou quando eu tinha uns 12 anos. Isso no final da década de 80.
Nessa época não se falava em Síndrome do Pânico (SP).
Na escola eu me sentia mal, tinha a sensação do corpo amortecer, achava que ia desmaiar. Meu coração disparava e eu tremia muito. Minha boca ficava seca e eu era tomada de um pavor intenso. Ligava para minha mãe ir me buscar e só me acalmava quando ela chegava.
Fui a vários médicos e fiz muitos exames. Não era nada. NADA! Eu imaginava que tinha uma doença que nem os médicos sabiam o que era e fui alimentando meu medo mais e mais.
Fiz terapia, e ouvi todos os tipos de diagnóstico: deram-me calmantes, outros diziam ser coisa de adolescente, frescura, consultei cartomante, médium, tomei florais e por aí vai. Mas levava uma vida normal, e sempre com o pânico indo e vindo.
Aos 18 anos entrei na faculdade. E o pânico voltou com tudo. Não conseguia assistir aulas. Eu cheguei a um ponto que não conseguia fazer mais nada sozinha. Até ir à padaria em frente a minha casa era uma tortura.
Depois de 6 anos sem saber que doença eu tinha, fui a um psiquiatra que enfim, deu nome a ela.
Comecei a tomar antidepressivos e ansiolíticos. As 2 primeiras semanas foram terríveis, achei que ia enlouquecer, de tão dopada que ficava. Mas passou e eu melhorei.
Nesse mesmo ano viajei sozinha para o nordeste e fiquei na casa de uns parentes por mais de um mês, sem crises. Sempre gostei de viajar. Além de ir pra praia, nessa época, quase todo final de semana para pegar onda, viajei pra Indonésia, surfei em Bali e depois conheci a Europa.
A SP funciona assim: você tem medo das sensações do teu corpo. Qualquer sinal diferente, a pessoa interpreta como se estivesse passando mal. Aí vem uma descarga de adrenalina, que faz com que os sintomas sejam potencializados. O mais absurdo e incoerente é que a pessoa começa a evitar os lugares que se sentiu mal, pois associa esses lugares com a crise, e teme que a mesma se repita. Assim, a pessoa se isola de tal forma que não consegue mais sair de casa. É a SP com agorafobia (medo de lugar aberto).
O que é comum também, e que me aconteceu, foi que comecei a ter medo de ter medo, ou seja, sofria por antecipação.
Fiz muita terapia. Ajudou muito!
Sempre levei uma vida normal. Depois de formada trabalhei como autônoma, e mais para frente tive meu próprio negócio. Tinha minhas crises. Tentei tratamentos alternativos, mas isso só piorou. Fui a médicos que quase me deixaram louca mesmo, receitando remédios que não tinham nada a ver com que eu tinha. Voltei para meu primeiro psiquiatra e tudo voltou ao normal.
Quando engravidei e tive que parar com os remédios sofri muito, tinha crises até dentro da minha própria casa. Depois dos primeiros meses, os médicos voltaram a me receitar antidepressivos numa dose mínima e eu novamente fiquei bem.
Depois que minha filha nasceu, fiquei estável, com crises esporádicas. Cheguei a morar em Balneário Camboriú, vendendo tudo que eu tinha em curitiba, para tentar uma vida com mais qualidade.
No entanto não deu muito certo, na época me separei e voltei pra curitiba.
Fiquei morando com meus pais e comecei a procurar empregos.
Foi uma frustração atrás da outra. Tinha crises no trabalho e não conseguia parar em lugar nenhum. Para compensar fiz vários cursos de artesanato e vendia meus trabalhos para fora.
Então em 2002 conheci o Yoga. E minha vida mudou. Minha ansiedade acabou, consegui parar de tomar calmantes e fiquei com uma dose mínima do antidepressivo, só para manutenção.
Fiz diversos cursos, inclusive de formação profissional em Yoga.
Comecei a dar aulas conciliando meus trabalhos artesanais.
Tive algumas “crises existenciais” nesse período, pois estava cansada de ganhar tão pouco pelo meu trabalho, o que me desmotivou.
Então trabalhei com minha irmã, na agência de design gráfico dela durante 3 anos. Fez um bem incrível para mim. Nesse tempo dava aulas de yoga particulares, estudava e praticava sempre.
Depois desses anos resolvi me dedicar totalmente ao Yoga novamente, além de fazer bem para minha saúde, era o que eu realmente amava fazer.
O pânico sempre andou do meu lado, mas aprendi a conviver e entender essa limitação.
Passei anos sem ter crises, mas se algo de impacto acontecia na minha vida, ele voltava.
Teve uma vez, há uns 3 anos atrás, que depois de ter uma crise dirigindo, passei a evitar dirigir sozinha. Se o lugar que eu precisava ir era perto de casa, eu ia sem problemas, mas se eu sabia que teria chance de pegar engarrafamento, pedia para alguém me acompanhar.
A minha sorte que minha família sempre me ajudou muito. Tive todo o apoio, carinho e dedicação em todos os momentos. Tanto dos meus pais, avós e irmãos. Até minha filha, que está hoje com 11 anos, entende o que acontece comigo e me ajuda do jeitinho dela.
O que me deixa decepcionada é como ainda as pessoas têm preconceito contra esse tipo de transtorno: ou interpretam como frescura ou como loucura.
Já conversei também com pessoas que me disseram que já tinham tido SP. Na maioria das vezes, eram relatos de qualquer outro transtorno que nada tinha a ver com o pânico.
A conclusão que eu tenho é que ainda existe muita desinformação, e o que é pior, ela vem de muitos terapeutas que fazem diagnósticos errados. Eu mesma tive experiência com péssimos profissionais.
O que eu queria mesmo era uma cura definitiva. Eu desafio qualquer psicólogo, terapeuta ou psiquiatra que leia esse texto a me mostrar que existe sim essa possibilidade.
Posso passar meses, ou anos sem crises, mas em mais de 20 anos convivendo com isso, elas sempre voltaram.
Mas tenho esperança e paciência.
Amo minha vida e vou vivendo de acordo com minhas possibilidades. Se não consigo ir a um cinema, ou trabalhar fora em algum momento, por mais que seja frustrante para mim, procuro sempre agradecer tudo que tenho na minha vida.
O que mais me entristece é ter que ouvir pessoas desinformadas, que vem julgar meu problema como se soubessem mais da minha vida do que eu mesma. Mas geralmente quem faz isso são pessoas com problemas muito maiores que o meu.
A minha sorte é que a maioria das pessoas, ao invés de julgar, se mostra compreensiva e tenta ajudar de alguma forma, mostrando possíveis soluções.
O que relatei aqui é um resumo muito pequeno de tudo que passei.
O que ainda não falei, foi que o pânico nunca me impediu de ser feliz. Ser feliz é a escolha que eu fiz.
Mesmo quando estou no meio de uma tempestade, sempre tenho certeza que logo o Sol voltará a brilhar!
By Nina
Sei bem o que é isso, mas o mais importante é lutar e ser feliz!!!E transmitir tudo que temos de melhor, ser sensível demais tem seu preço, mas tb traz muito aprendizado!!!Um super beijo Nina, adóruuuuuuu seus textos e o som é incrível tb, super emoção!!!
ResponderExcluirIvy querida, já papeamos muito sobre pânico né!!!
ResponderExcluirA gente sabe bem!
E haja sensibilidade mesmo!
O importante é que estamos aqui, tentando fz exatamente isso q vc falou, transmitir o que há de melhor em nós!
Quando vier a SP me avise, ta convidadíssima a praticar yoga aqui com a gente!
E obrigada pelo carinho!!!
Beijosssssss
Nossa, Nina, que sofrimento...olha , aqui em sampa, sou especialista em buscar ajuda...existe um grupo chamado *a porta*, eles sao grupo um de apoio a portadores de panico e ansiedade.Eles tem reunioes semanais. Se vc. quiser vou com vc. um dia la. Bom, adorei a sinceridade de seu relato. Eu tive sp la no Japao. Um maluco me atacou, depois disso por quase um ano nao saia de casa sozinha. Um grande abraço... te vejo sexta feira, dai conversamos mais....bjs.
ResponderExcluirPaz, vamos sim!!!
ResponderExcluirCombinadíssimo!!!
Carolina, eu não sei nada sobre o assunto e achei as tuas palavras esclarecedoras.
ResponderExcluirAcho que agora eu posso compreender e quem sabe ajudar pessoas que tem este problema e que vivem perto de mim.
Desejo que tu fiques sempre bem e mesmo se não tiver cura, que fiques cada vez melhor e sejas sempre feliz.
=)
Obrigada pelo carinho Potira!
ResponderExcluirQuanto mais cedo uma pessoa que tiver os sintomas procurar ajuda médica ou psicológica, mais chances ela tem de se recuperar.
De acordo com pesquisas médicas, 2 a 4%% da população já teve ou tem crise de pânico.
O que acontece é que por ser uma "doença" mental, as pessoas tem vergonha de falar. E é de entender, ainda existe muito preconceito e desinformação.
Se vc conhecer alguém que tem SP, passe meu contato, quem sabe eu possa ajudar também!
Olá, Carolina!
ResponderExcluirPaz e saúde.
Parabéns pelo seu blog, depoimento e pela sua coragem em não desistir. Também passei pelos caminhos que você passou e hoje posso dizer com certeza que renasci para a vida. Faço um trabalho voluntário há mais de 10 anos levando esperança e resgatando sorrisos para uma nova vida.
Tenho a Síndrome do Pânico, mas ela não me tem!
Um abraço
Fernando Mineiro
www.gold.com.br/~mineiro
Obrigada Fernando!
ResponderExcluirAdorei o título do teu livro: Tenho a Síndrome do Pânico mas ela não me tem.
Ainda quero ler!!!
Muito legal da tua parte fazer trabalho voluntário. Gostaria muito também de ajudar as pessoas com o yoga, que para mim é fundamental!
Isabelle, pelo que você me descreveu, você deve ter depressão, que é diferente do pânico. Não desista querida, mantenha sempre a mente ocupada. Tenha um hobbie, pratique esportes e procure ajuda!
Eu não sou designer, sou professora de Yoga,além de formada em Administração. Também trabalho com artesanato quando dá tempo!
Abraços a vocês e obrigada pelo carinho!!
Boa tarde!
ResponderExcluirGostei bastante desse blog,justamente por ser objetivo e ao mesmo tempo detalhista. Descobri há pouco tempo (desde dia 2 de abril) que tenho Transtorno do Pânico(desencadeado por uma situação específica nessa mesma época),tal como Transtorno de Ansiedade...e claro,isso me deixou um tanto quanto assustada.
Sou espírita Kardecista, além de ser católica, por isso, procurei ajuda espiritual,além de psiquiatria e psicoterapia e de ter uma fé enorme em Deus,Jesus,Nossa Senhora Aparecida e energias positivas no geral.A junção de todos estes fatores tem me ajudado,apesar de estar tomando a medicação em si há praticamente 1 semana apenas (Alprazolam).
Anteriormente tomava Rivotril à noite apenas, porém o sossego era apenas noturno e durante o dia ficava extremamente sonolenta.Agora estou começando a sentir os sintomas do Apraz,que também dá sonolência, mas não tanto durante o dia.
Sempre fui de segurar muito stress, aparentando ser uma pessoa calma.Isso pode ter "ajudado" no processo de descoberta dessas crises.Digo crises, pois consigo sair de casa, normalmente com meu pai ou mãe, mas acho que consigo sozinha também.
Com tudo isso que ocorreu (no momento profissional em que eu estava em período de experiência na última empresa que trabalhei - há 1 semana atrás), eles me pediram que me cuidasse e que não fosse mais trabalhar.Estava lá há apenas 2 meses e entendo as razões da empresa, pois nesse período acabei tendo crises e saí mais cedo umas 3 vezes para procurar ajuda.
Hoje o que está me deixando preocupada é o fato de estar sim sem emprego,apesar de priorizar minha saúde, família,namoro e amigos. A questão está em lidar com a pessoa com quem namoro, pois tem uma compreensão acima do normal, me pergunta sempre se pode me ajudar em algo e muitas vezes, até pelo efeito do remédio ou pelo fato de estar presente no momento que tive a primeira crise, não consegui da última vez que nos vimos (já faz 1 semana) ficar nem 20 minutos junto, pois me bateu a crise,o desespero,etc.
Gostaria de saber se alguém sabe como lidar nessas situações, pois iremos nos ver hoje e às vezes bate um pouco de insegurança.Nunca tive isso e não sei exatamente o que fazer para não sentir tudo aquilo.Aliás,acho que sei na teoria, mas gostaria de colocar em prática sem que a pessoa ache que ela é o problema, já que tenho ido em alguns médicos e consigo conversar com outras pessoas, sem problemas e quando se trata de namoro,eu travei.
Aguardo uma ajuda se alguém assim puder fazê-lo. OBS>Se puder,me avisem sobre esse centro de pânico (reuniões),tal como as aulas de yoga (pois tenho muitas dores na coluna e má postura) para que eu possa frequentar e me avisem se for pago, pois sem emprego no momento, estou sem condições financeiras.
Um beijo à todos e mais uma vez, parabéns pelo blog.
Talita, vc mora em SP? Acho que posso te ajudar sim.
ResponderExcluirPassei por tudo que vc mencionou. Não poder trabalhar gera uma grande frustração.
Ter o apoio da família é fundamental. Meu marido tem uma paciência enorme comigo e tb tem me apoiado muito. A boa notícia é que tudo isso vai passar. A fé ajuda muito. Vou em um centro espírita essa semana. Estou bem melhor das crises. O problema é lidar com o medo delas voltarem a se repetir. Terei o maior prazer de te ajudar. Não se preocupe com valores, para a prática de yoga. Faço isso de coração! Nosso telefone é 11 3812 7371 e meu e-mail: bynina@gmail.com
Aguardo teu contato.
Nina, embora a gente viva em mundo onde somos julgadas fracas por nossas vulnerabilidades, eu realmente acredito, atesto e dou prova que o julgamento é falso, pois não define a pessoa por sua coragem de ser quem é, exposta ousadamente nua e clara - com toda sombra e iluminação que nos cabem. A tua força inspira e ela em si cura você por meio do amor que consegue sentir (sem mencionar os que encontram alento na tua batalha e vencem, portanto, demônios outros). Parabéns por ser quem é. Estou em um momento ímpar de vida, mares tempestuosos, mas tão logo acalmem praticarei com vocês. Por ter passado pelo que passou pode guiar outros, é uma bela responsabilidade conferida em função de teu merecimento para servir a Luz. E é tudo luz! Até as trevas servem a Luz. Beijos sinceros e orações amorosas. Patricia Andrade Varela.
ResponderExcluirAmiga, adorei o texto! Como vc sabe tbm sofro de sp =( tive uma crise há algumas semanas e voltei pra terapia! Chega a ser engraçado pois estou em casa, super bem, cuidando dos preparativos para o meu casamento super feliz... e a crise veio mais forte do que nunca!
ResponderExcluirSeu blog está demais, vou sempre dar uma passadinha por aqui =) ... ah estou fazendo biscuit, mas acho que preciso de um curso para pegar o jeitinho... hehehe
Beijos... saudades!
Grazi Baggio
Grazi, o mais incrível no pânico é que ele não aparece só em momentos ruins, pelo contrário, pelo menos pra mim, vejo que ele está muito ligado a mudanças. Veja Grazi, vc vai casar, vai mudar tua vida, e por mais feliz que vc esteja, ainda assim é um fato novo. Eu quando vim pra SP tive recaída tb, tanto é que até hoje tenho crises leves, do tipo, estar no mercado e ter que sair. Mas graças ao Yoga e a paciência do meu marido, estou melhorando!
ResponderExcluirObrigada pelos elogios, um dia a gente marca uma "biscuitterapia", kkkk!
Bjo grande e parabéns pelo casório!
Patrícia, adorei teu texto, muito inspirador, emocionante! Você escreve muito bem!
ResponderExcluirVocês não tem ideia de como tudo isso me ajuda e conforta! Obrigada a todos!
Medo…
ResponderExcluirVontade de dar um grito,
ou calar-se para sempre
De ficar parado, ou correr
De não ter existido
ou deixar de existir (morrer)
Não há razão quando a mente não funciona
(redundante, não?)
Vão extinguindo-se as questões
mesmo sem respostas
Perde-se, neste estágio,
a vontade de saber.
O futuro é como o presente:
É coisa nenhuma, é lugar nenhum.
Morreu a curiosidade
Morreu o sabor
Morreu o paladar
parece que a vida está vencida
Tenho medo de não ter mais medo.
Queria encontrar minhas convicções…
Deus está em um lugar firme, inabalável,
não pode ser tocado pela nossa falta de confiança
Até porque, na verdade, confio nele
O problema é que já não confio em mim mesmo
Não existe equilíbrio para mentes sem governo
A química disfarça, retarda a degradação
mas não cura a mente completamente
E não existem, em Deus, obrigações:
já nos deu a vida, o que não é pouco,
a chuva, o ar, os dias e noites
Curar está nele, mas, apenas retardaria a morte
já que seremos vencidos pelo tempo
(este é o destino dos homens)
e seremos ceifados num dia que não sabemos
num instante que mira nossa vida
e corre rápido ao nosso encontro lentamente
(ou rasteja lento ao nosso encontro rapidamente?)
Sei lá…
Mas não sei se quero estar aqui
para assistir o meu fim
Queria estar enclausurado, escondido…
As amizades que restam vão se extinguindo
e os que insistem na proximidade
são os mesmos que insistirão na distância,
o máximo de distância possível.
A vida continua o seu ciclo
É necessário bom senso
não caia uma árvore velha, podre, sobre as que ainda estão nascendo.
Os que querem morrer deixem em paz os que vão vivendo
Os que querem viver deixem em paz os que vão morrendo
Eu disse bom senso?
Ora, em estado de pânico não se encontra bom senso
nem princípios, nem razão, nem discernimento,
nem força alguma
Torna-se um alvo fácil
condenável pelos que estão em são juízo
E questionam: onde está sua fé?
e respondo: ela estava aqui agora mesmo…
ela não se extingui, mas parece que as vezes se esconde de mim…
o problema é que, quando a mente está sem governo
(falo de um homem enfermo)
é como um caminhão que perde o freio
descendo a serra do mar…
perde-se o contato com a fé e com tudo o que há…
e por alguns instantes (angustiantes)
não encontramos apoio, nem arrimo, nem chão, nem parede, nem mão…
ah… quem dera, quem dera…
que a mão de Deus me sustente neste instante…
em que viver é tão ou mais difícil que conjulgar todos os verbos…
porque sou, neste momento
a pessoa menos confiável para cuidar de mim mesmo…
tenho medo, medo…
medo de perder o medo
de sair da vida pela porta de saída…
medo de perder o medo
de apertar o botão “Desliga”…
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